domingo, 13 de abril de 2014

A loja dos mestres André e Cédric

O jogo de hoje foi, na minha opinião, um mais fracos que tivemos oportunidade de assistir em Alvalade. O golo madrugador, em vez de injetar confiança e tranquilidade, pareceu funcionar como um anestesiante que se traduziu numa das primeira partes mais chatas que me lembro de ver nos últimos tempos.

O golo, marcado antes de o ponteiro dos segundos dar uma volta completa, nasceu de uma excelente jogada entre Cédric e Carrillo, cabendo ao peruano um cruzamento que foi encontrar a cabeça de Slimani. O argelino cabeceou colocado e estava feito aquilo que parecia mais difícil.

Infelizmente, o Sporting pareceu pouco interessado em ir à procura do segundo. Trocava a bola lentamente, à espera que o Gil se esticasse um pouco mais no campo, mas... nada. O Gil, a perder, não arriscou um milímetro que fosse -- mantendo-se trancados no seu meio campo quando não tinham a bola, e jogando com 7 ou 8 jogadores atrás da linha da bola quando a tinham em seu poder. Foram um redondo zero de ambição. O meu coração palpita de felicidade quando penso que para o ano poderei ver mais duas equipas deste calibre a jogar em Alvalade, graças ao oportuno e celebrado alargamento para 18 clubes.

No resto da primeira parte, apenas escapou a este torpor o flanco direito do Sporting: Cédric e Carrillo estiveram muito bem, e tiveram alguns rasgos de genialidade que proporcionaram ao público alguns fantásticos momentos.

A segunda parte continuou na mesma toada da primeira. A equipa pareceu reagir apenas quando Leonardo Jardim decidiu colocar André Martins. Entrou muito bem o nº 8 do Sporting, que colocou uma intensidade que acabou por contagiar um pouco os seus companheiros. A partir daí o Sporting teve várias ocasiões de golo, com especial destaque para um grande remate de longe de Rojo que embateu com estrondo na barra. Rojo teve também um jogo seguríssimo e esteve bem nas poucas vezes que conduziu a bola, fazendo um outro passe longo com grande acerto. Eu sei que já o referi antes, mas estou mesmo a ficar fã do argentino.

O golo da tranquilidade acabaria por chegar já em tempo de descontos. Rui Patrício bateu o pontapé de baliza, após a única jogada do Gil que provocou alguns calafrios, Martins ganha de cabeça para Montero, que solta de imediato num passe a rasgar para a velocidade para Carrillo, que sacou da régua e esquadro para colocar a bola direitinha em Heldon, que apenas teve que encostar. Segunda assistência para golo de Carrillo num grande momento de futebol, que aproveitou uma das poucas situações em que apenas metade da equipa do Gil estava no seu meio-campo.


Foi a 5ª vitória consecutiva e a 8ª nos últimos 9 jogos, deixando o apuramento direto a apenas dois pontinhos de distância, assumindo que o Porto conquistará amanhã os três pontos em Braga. Para a semana temos uma deslocação a Belém, sem Cédric, que viu um amarelo que o colca de castigo na próxima jornada. Será que Esgaio terá a sua oportunidade para nos dar um cheirinho do que será 2014/15?