terça-feira, 13 de maio de 2014

A nossa missão

No domingo fui ao jogo acompanhado pela minha filhota de seis anos. No intervalo fomos ter com um dos angariadores da Missão Pavilhão para fazer o nosso donativo e arranjar-lhe a sua primeira verde e branca. Infelizmente não tinham o tamanho de camisola mais pequeno (8 anos), pelo que acabei por não fazer o donativo no estádio.

Acabei por fazê-lo ontem, pela internet, em missaopavilhao.pt.

O processo é bastante simples. Começamos por indicar o valor que queremos doar, o nome completo, o endereço de mail para recebermos o certificado de participação e a declaração de donativo, o nº de contribuinte, e o meio de pagamento (que pode ser por cartão de crédito, paypal, ou multibanco).


Ao continuar, no caso de o donativo ser igual ou superior a €50, aparece a seguinte pergunta no ecrã:


Respondendo que sim, temos que escolher o tamanho da camisola e indicar o endereço para onde deve ser enviada.


Ao colocar-se o código postal, é de imediato dada a informação do valor de portes que temos que pagar (que acresce ao donativo). No meu caso, que vivo na região de Lisboa, paguei €4,5. Os portes mais caros são os das ilhas, cujo valor é de €6,75. Para fora de Portugal, os portes variam entre os €22,75 e os €32.

No caso de termos selecionado o multibanco como meio de pagamento, é-nos dada uma referência para o fazermos. O donativo só ficará válido após o pagamento ter sido efetuado.

Recebemos depois no mail o certificado de participação.


Creio que todos os sportinguistas estarão de acordo em como é fundamental para o clube a construção do novo pavilhão. 

Da parte que me toca, para além de estar a contribuir para o futuro do clube, encaro o donativo como uma forma de expiação por um pecado que cometi numa determinada altura da minha vida de sportinguista, do qual só me viria a aperceber tarde demais. O excesso de anos sem ganhar títulos no futebol levou-me a aceitar que me dissessem que o futuro do clube estava dependente da extinção de algumas modalidades nas quais tínhamos uma enorme tradição. Levou-me a aceitar responder se queria manter o andebol ou o basquetebol. Levou-me a ficar calado e aceitar com naturalidade que a construção do pavilhão fosse considerada como algo secundário, apesar de o clube ter um historial de ecletismo de que todos nos devemos orgulhar.

Sou culpado por ter deixado que o ecletismo do clube fosse sendo gradualmente atacado, e por ter acreditado em promessas populistas que me levaram a crer que o problema do clube estava em modalidades cujo orçamento era na realidade uma pequena parte dos montantes gastos pelo futebol, sem que tivesse havido um esforço real para as tornar auto-sustentáveis.

É acima de tudo por estes motivos que não quis deixar de participar.