sexta-feira, 9 de maio de 2014

As perspetivas alucinadas de Carlos Machado

Pensava que já tinha lido de tudo.                                                                                                      
Creio que não há ninguém que tenha dúvidas que O Jogo é um jornal escrito por portistas, para portistas.

Uma das funções que o dito jornal tem levado mais a peito ao longo dos últimos meses é a de procurar mostrar o lado mais positivo da realidade portista. Fazem-no, por exemplo, publicando com grande destaque estatísticas irrelevantes, como o facto de Jackson poder igualar Messi ao marcar em n competições na mesma época, ou a quantidade de golos e assistências de Quaresma marcou desde que regressou, sem fazer referência à enorme ineficácia de um jogador que açambarcou o jogo ofensivo do Porto a partir de janeiro.

Percebo isso tudo: se não levantam a moral aos portistas, mais vale fecharem as portas porque ninguém vai querer comprar o jornal.

Mas outra coisa é quererem distorcer a realidade de forma a reconfortar as almas portistas mais atormentadas. Carlos Machado, chefe de redação de O Jogo, escreveu isto a propósito das escolhas de treinador que os presidentes de Porto e Sporting fizeram no princípio desta época:


Partindo das declarações de Paulo Fonseca, o jornalista chegou à conclusão que Pinto da Costa afinal não se enganou a escolhê-lo como treinador. O timing é que lixou tudo. Bruno de Carvalho, pelo contrário, enganou-se por ter escolhido um treinador demasiado bom.

Haja pachorra para isto.