domingo, 11 de maio de 2014

Mau capítulo final que não estraga o resto da história

Sobre o Sporting - Estoril                                                                                                                     
A época que o Sporting fez não merecia acabar desta forma tão desinspirada. A equipa entrou em campo claramente em modo férias, revelando desde cedo uma falta de atitude competitiva que o Estoril soube aproveitar da melhor forma.

Que os níveis de concentração não estariam ao máximo, já todos o esperávamos. O problema é que durante grande parte do jogo essa falta de concentração roçou a displicência, tornando a vida do Estoril demasiado fácil. A dificuldade que o Sporting teve ao longo da época em construir jogo contra equipas fechadas ficou totalmente exposta, pois a atitude, a garra, e a solidariedade dentro de campo que ajudou a resolver muitos jogos, desta vez ficou no balneário. Como tal, não há nada a dizer sobre a justiça da vitória do Estoril. A equipa de Marco Silva marcou cedo, e controlou muito bem o resto do jogo, conseguindo inclusivamente ter as melhores ocasiões de golo (com exceção do penálti falhado por Adrien). 


Não me parece no entanto que seja justo estarmos a tirar grandes conclusões deste jogo e da partida na Madeira contra o Nacional. Apesar de se tratarem de jogadores profissionais que têm a obrigação de dar o seu melhor em todos os jogos, a verdade é que era inevitável haver alguma descompressão após a obtenção do 2º lugar.

Salvou-se o muito público que se deslocou a Alvalade, com muitas famílias presentes, e que apoiou a equipa do princípio ao fim. 

Duas ressalvas apenas: parece-me inadmissível o tratamento que está a ser dado a Carrillo. Esteve mal no jogo o peruano, mas não foi o único a quem as coisas não correram bem. Infelizmente começa a não haver ambiente para continuar em Alvalade, o que é preocupante dado que se trata de um dos jogadores com mais capacidade para desequilibrar um jogo. Não é com assobiadelas monumentais que o ajudaremos a encontrar a consistência desejada. A outra foi a ovação a Shikabala. Está bem que há curiosidade para ver o que sabe fazer, mas sou só eu que achei completamente excessiva a forma como se saudou a sua entrada e as suas intervenções no jogo?