terça-feira, 9 de setembro de 2014

A defesa de Adrien

                                                                                                                                   
Esteve bem Bruno de Carvalho ao sair em defesa de Adrien. Pode haver quem ache que se trate de uma intromissão num assunto que não lhe diz respeito, mas na minha opinião é importante que haja um apoio público e oficial a um jogador que, mais uma vez, foi discutivelmente preterido nas opções do selecionador.


Ao longo do último ano e meio, Adrien tem tido uma prestação desportiva de altíssimo rendimento. Tem sido o pulmão da equipa, batalhador incansável na recuperação de bolas e a levar a equipa para a frente, e tem-no feito de uma forma extremamente consistente. Fez muito mais para justificar a utilização na seleção do que muitos outros jogadores que têm sido preferidos por Paulo Bento.

É óbvio para toda a gente que o selecionador escolheu Adrien para qualquer espécie de ajuste de contas pessoal (com o Sporting ou com o jogador, só Paulo Bento saberá), cujo auge foi atingido na pré-convocatória para o mundial - ao excluir o nº 23 do Sporting do lote de 30 em que João Mário, que faz a mesma posição e que tinha sido emprestado pelo Sporting ao V. Setúbal, teve lugar. Como tal, deverá ser bom para o jogador sentir este tipo de demonstração de confiança pública em relação ao seu valor.
"Sou suspeito, mas, acima de ser presidente do Sporting, gosto de bom futebol, e parece-me mais do que evidente de que o Adrien tem lugar nesta Seleção. E não é por causa dos maus resultados. É porque tem lugar! É um grande jogador, provou-o o ano passado, fez uma época maravilhosa, e este ano começou muito bem. É lógico que a sua inclusão na Seleção é quase natural, mas não tem tido essa oportunidade. Tenho pena, enquanto português e presidente do Sporting, de não ver o Adrien jogar, pois acrescentava muita qualidade."

Bruno de Carvalho não fez mais do que dar voz ao que a esmagadora maioria dos sportinguistas pensa em relação aos méritos de Adrien. Fê-lo de uma forma correta e sem colocar em causa a legitimidade de quem opta por não o utilizar. Esteve muito bem.