segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Muito a ganhar, pouco a perder

Ao contrário do que muitos querem fazer crer, não faz sentido que o jogo de logo seja decisivo para a continuidade de Marco Silva. A Taça da Liga não é um objetivo para o Sporting, que há muito anunciou que não utilizará os seus principais jogadores, pelo que nenhum indicador negativo que sobressaia do jogo de logo poderá ser um indicador importante sobre o trabalho do treinador.

Ao contrário do que muitos querem fazer crer, não será o Sporting de Bruno de Carvalho que estará em teste mais logo. Em primeiro lugar, porque o Sporting não é de Bruno de Carvalho. Em segundo lugar, porque os jogadores contratados pela estrutura do Sporting (encabeçada por Bruno de Carvalho) - mesmo que à revelia dos desejos de Marco Silva - não vieram para fazerem uma equipa sozinhos. Ou seja, Slavchev, Tanaka, Rabia, Gauld, Geraldes e outros foram contratados para somar aos jogadores que já cá estavam.

Curioso no entanto que aqueles que consideram as contratações que ainda nada provaram e os jogadores da equipa B como o Sporting de Bruno de Carvalho acabem por ser os mesmos que dizem que o futebol de Nani, Montero, Slimani, Jefferson, Jonathan, William, Mané, João Mário e Paulo Oliveira já serão do Sporting de Marco Silva. É caso para perguntar se todas estas contratações e promoções que foram bem sucedidas durante a presidência de Bruno de Carvalho serão só obra do acaso ou mérito exclusivo do treinador.

Anda na moda dizer-se que a direção do Sporting está a haver um assassinato de carácter de Marco Silva, mas não é nada que não esteja a acontecer a Bruno de Carvalho desde que tomou posse. Mas isso daria pano para mangas, pelo que abordarei o tema noutra oportunidade.

Para logo, a meu ver, há pouco a perder: competição secundária, entrada em campo com jogadores pouco utilizados e que não estão habituados a jogar juntos (e muito menos a serem treinados por Marco Silva), num jogo fora contra uma das melhores equipas do campeonato. Mas há muito a ganhar: o treinador poderá descobrir jogadores que possam ser soluções, e quem sabe até se não poderemos fazer uma gracinha.

Da minha parte vou encarar esta partida como se um jogo de pré-época se tratasse. Sem grande sofrimento, mas com enorme curiosidade.