domingo, 18 de janeiro de 2015

Certezas e dúvidas

Certeza nº 1: vai ser um jogo muito complicado. Há certas equipas que não gosto nada de defrontar, que parecem ter o condão de se superarem quando jogam contra nós e de saberem aproveitar o mínimo deslize da nossa parte, e o Rio Ave é uma definitivamente uma delas. Mudam os treinadores e mantêm-se sempre aquela equipa organizada e cínica (no bom sentido) capaz de fazer a vida negra aos grandes. Que o diga o Benfica, que lhes ganhou na Luz à tangente (e por pouco que não empatavam) e o Porto, que só não foi derrotado porque encontrou um Olegário Benquerença em grande forma (perdoando uma expulsão a Brahimi aos 30' com o resultado em 0-0, e dois penáltis contra o Porto quando ainda estava 1-0).

Certeza nº 2: apesar de todo o desconforto acima referido, estou no entanto confiante para a partida de logo. Se o Sporting seguir a receita do jogo contra o Estoril, com uma pressão alta sufocante que manteve o adversário bem longe da nossa área por incapacidade de construir jogo, e atacando de forma paciente e muito eficaz, creio que conseguiremos vencer sem grandes calafrios. A equipa vive um momento de grande confiança, as vitórias têm-se sucedido e a estabilidade defensiva parece estar finalmente a ser encontrada, pelo que há motivos para estarmos otimistas.

Dúvida nº 1: que opções tomará Marco Silva para suprir as ausências de Maurício e Adrien? No caso do central parecem não existir dúvidas que será Tobias a fazer a estreia no campeonato principal. Até agora o jovem da academia tem estado muito bem, incluindo num teste a doer contra o Guimarães para a Taça da Liga. Veremos hoje como responde defrontando uma equipa bastante perigosa no contra-ataque.

Dúvida nº 2: em relação ao substituto de Adrien são menos as certezas. Não me parece que Marco Silva vá apostar na dupla Montero - Tanaka, já que se tratam de dois jogadores pouco complementares. Existe a hipótese Mané, mas o jovem não está a atravessar um grande momento de forma. E ainda André Martins, regressado de lesão, mas com pouco ritmo de jogo. Rosell está suspenso, pelo que é carta fora do baralho. Pensando um pouco fora da caixa, seria giro ver Wallyson ou Gauld a serem lançados de surpresa, mas realisticamente vejo poucas hipóteses de isso acontecer. Parece-me que o mais provável (e o que talvez fará mais sentido) será a aposta em André Martins.

Dúvida nº 3: que tipo de fiscal-de-linha vai aparecer logo em Alvalade? Daqueles que conhecem bem a lei do fora-de-jogo ou, como começa a ser moda nos desafios dos trampiões, bandeirinhas que são atacados com frequência por lapsos de visão seletivos? Espero sinceramente que sejam do primeiro tipo.