quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Nada de novo

Não tive oportunidade de ver o jogo todo. Assisti apenas aos primeiros 25 minutos e gostei bastante do que vi, com óbvio destaque para os lances dos golos. No primeiro, Podence encontra Tanaka a desmarcar-se e o japonês, em boa posição para marcar, prefere entregar a Gauld que tinha a baliza completamente aberta. No segundo, deliciei-me com o levantar de bola de Wallyson para um remate cruzado de primeira do escocês com o pé direito - um grande golo que parecia deixar a vitória praticamente assegurada. 

Do resto, vi apenas os lances dos golos do Belenenses. No primeiro, Rabia sofre uma falta clara de Camará (imaginem a falta de Montero no 2º golo do Rio Ave, mas 10x mais evidente) que aproveita a queda do egípcio para seguir isolado para a baliza e marcar. O segundo é um golaço do miúdo Dálcio que passa por Jonathan e Wallyson e remata cruzado sem hipóteses para Marcelo. O terceiro foi através de um penálti que, sinceramente, não consigo perceber se é ou não bem assinalado. O que tenho a certeza é que a abordagem de Sarr ao lance foi completamente defeituosa. Não se percebe que se atire em carrinho para intercetar um cruzamento rasteiro e acabe por cortar a bola com o peito. Depois a bola ressalta e fica a dúvida se há braço na bola ou não.


Não me parece que este jogo nos tenha revelado alguma coisa que não soubéssemos já: Tanaka é um jogador de equipa e Gauld vai ter um papel a desempenhar na equipa principal ainda esta época. Aliás, tenho dúvidas se o escocês fará muito mais jogos na equipa B. Por outro lado, Sarr teve mais um daqueles lances improváveis que demonstram que ainda tem muito que crescer (em dimensão futebolística, entenda-se) até poder ser uma opção credível para a equipa principal.

Do pouco que vi, voltei a ficar desiludido com Rosell. Tentou construir jogo progredindo com a bola no pé, mas definitivamente não é o seu forte. O problema é que no passe também não esteve nada bem. Está longe da forma que demonstrou na pré-temporada, mas há que lembrar que o catalão vinha com a rodagem da MLS (que estava em curso) enquanto todos os outros voltavam de férias. De qualquer forma parece-me cedo para estarmos a tecer sentenças definitivas sobre a sua qualidade: Rosell ainda não teve oportunidade de jogar de forma regular e para a posição em que joga as rotinas com os colegas são fundamentais.

De resto, perder um jogo destes não é drama nenhum. Sigamos em frente.

P.S.: vi os últimos 20 minutos do Braga - Porto, e fiquei impressionado com as incríveis defesas que Hélton fez. Depois de o ter visto sair de maca em Alvalade, com 35 anos, pensei que a sua carreira tivesse terminado. Foi bom vê-lo recuperado. Espero apenas que não desate a defender todos os jogos assim. :)