terça-feira, 3 de março de 2015

As detenções

Em relação a Paulo Pereira Cristóvão, já o escrevi no passado e volto a escrever: envergonha-me que já tenha sido dirigente no meu clube. No entanto, orgulha-me que o meu clube, através da pressão pública dos sócios e da própria direção de Godinho Lopes, tenha feito tudo para afastá-lo imediatamente da direção.

Os nossos rivais gostam de arremessar o caso PPC/Cardinal para demonstrar que o Sporting não é o clube diferente que gostamos de apregoar. Estão enganados. Na realidade, Paulo Pereira Cristóvão é uma prova palpável de que marcamos a diferença pela positiva no futebol português. 

Qualquer clube está sujeito a ter gente desonesta na sua liderança - não há forma de sabermos a qualidade do melão antes de o abrirmos -, mas a diferença comprova-se pelo tipo de reação que temos no momento em que atos ilícitos são descobertos. Os sportinguistas nunca negaram aquilo que Paulo Pereira Cristóvão fez enquanto parte da direção do clube. Não invocamos expedientes burocráticos ou pseudo-morais ("as escutas são inadmissíveis em tribunal" ou "ele não escolheu um árbitro, simplesmente disse quais é que não queria e depois disse "pode ser" a um deles) para tentar mascarar a realidade dos factos.

Benfiquistas e portistas, assimilem isto: foi uma questão de poucas semanas para Paulo Pereira Cristóvão sair do Sporting. Os outros têm burlões e corruptos a liderá-los, gente que foi apanhada a escolher árbitros para jogos e a desvirtuar a verdade desportiva de diversas formas e feitios, mas os seus sócios nunca mexeram uma palha para os tirar de lá. Pelo contrário, reelegem-nos consecutivamente com maiorias de votos completamente esclarecedoras. Percebem a diferença?

Em relação às detenções noticiadas hoje, e partindo do pressuposto de que é verdade aquilo que o antigo vice-presidente do Sporting e o atual líder da Juve Leo são acusados, parece-me que:
  • O Sporting deve usar todos os meios ao seu alcance para que a Juve Leo - claque legalizada do clube - escolha um novo líder;
  • O Sporting não tem nada a ver com aquilo de que são acusados os cidadãos Paulo Pereira Cristóvão e Mustafa. Paulo Pereira Cristóvão deveria ser expulso de sócio por aquilo que fez enquanto vice-presidente do clube.