domingo, 15 de março de 2015

Dia para estabilizar

Está na altura de voltar a estabilizar. Acabaram-se para já os jogos a meio da semana, pelo que há tempo para recuperar das mazelas do jogo anterior, há tempo para preparar devidamente o embate com o próximo adversário e há tempo para garantir que o foco dos jogadores está devidamente centrado no desafio que se segue. Está na altura de deixarmos de dar brindes sucessivos aos adversários, de saber controlar as partidas e gerir os ritmos de jogo em função daquilo que nos é mais conveniente. 

O jogo da primeira volta contra o Marítimo foi uma excelente ilustração do que tem sido o Sporting 2014/15: aos 15 minutos já ganhávamos por 2-0, ao intervalo vencíamos por 3-0, mas no princípio da 2ª parte deixámos que Maazou marcasse dois golos praticamente iguais no espaço de 5 minutos. Valeu depois uma obra de arte de Montero para fechar o resultado em 4-2. 

Mesmo sabendo que já não há Maazou para nos atormentar, há que olhar com desconfiança para uma equipa que apresenta o nível de irregularidade dos madeirenses - não nos vá calhar a nós a fava de os apanhar numa tarde mais inspirada. Mas sendo os Barreiros um campo onde tradicionalmente conseguimos bons resultados e tratando-se o Marítimo de uma equipa que mesmo nos seus melhores dias tem uma defesa bastante permeável, é indiscutivelmente um jogo que o Sporting terá sempre a obrigação de ganhar. 

Infelizmente não nos poderemos apresentar na máxima força: pela 39849ª vez esta época, Marco Silva terá que mexer na dupla de centrais, desta vez devido à suspensão de Tobias Figueiredo. E como um mal nunca vem só, William também está castigado. Estamos portanto conversados quanto à falta de rotinas criadas entre os jogadores responsáveis por parar os ataques interiores do Marítimo - pede-se atenção redobrada a Adrien e João Mário, que terão que recuperar rapidamente a posição sempre que perdermos a bola no ataque.

Suponho que os castigados sejam rendidos por Ewerton e Rosell. O catalão, ao fim de quase 9 meses no Sporting, continua ser uma incógnita: fez um bom jogo contra o Wolfsburgo mas tem revelado limitações nas partidas contra adversários mais fechados. Também é verdade que a escassez de minutos que lhe têm sido dados não o terão ajudado a trazer o seu melhor futebol. Quanto ao brasileiro, esperemos que confirme as boas indicações que deu contra o Penafiel. 


Mas apesar das reservas que coloquei em relação ao estado semi-remendado do nosso setor mais recuado, o jogo será sempre para ganhar. Com ou mais sofrimento, com ou sem um adversário inspirado, com ou sem os brindes que temos dado aos adversários nos últimos tempos. Se eles marcarem 2, nós marcaremos 3. Temos capacidade que sobre para isso.