quinta-feira, 18 de junho de 2015

A despromoção de Marco Ferreira

in zerozero.pt

Que Marco Ferreira teve uma época pouco feliz, já todos tinham percebido. Esteve seguramente muito longe da qualidade que revelou na época de 2014/15, em que foi na minha opinião o melhor árbitro da época. Mas nunca calculei que fosse suficiente para descer de categoria, atendendo ao calibre de outros árbitros como Bruno Paixão, João Capela ou Olegário Benquerença, que tiveram (mais uma vez) uma época tenebrosa.

Mas a despromoção não é o único problema de Marco Ferreira, que foi acusado de tentar condicionar um observador da Liga para não incluir no relatório um erro grave que cometeu no Setúbal - Porto.

in rr.pt

Se o facto de ter ficado em último lugar na classificação se deve exclusivamente às más prestações dentro das quatro linhas ao longo da época, então podemos todos concluir que o árbitro não estava numa forma compatível com um jogo com a importância de uma final da Taça.

Se o facto de ter ficado em último lugar na classificação se deve também ao caso com o observador - ou seja, se o Conselho de Arbitragem leva a sério as acusações que foram feitas a Marco Ferreira -, parece-me óbvio que o árbitro não tinhas condições psicológicas para poder apitar um jogo com a importância de uma final da Taça.

Todos vimos o que aconteceu. Uma dualidade de critérios gritante que só não influenciou o resultado final porque o Sporting conseguiu uma reviravolta milagrosa. 

À luz de tudo isto, seria interessante que Vítor Pereira explicasse o motivo pelo qual nomeou Marco Ferreira para o final da Taça. Conforme escreveu o blogue A Insustentável Leveza de Liedson neste TEXTO, se é para termos nomeações sem qualquer sentido ou critério, mais vale implementar de uma vez por todas o sorteio sem restrições.