domingo, 28 de junho de 2015

Dia de desmistificações

Não pude comparecer na AG mas tenho acompanhado através dos relatos de sócios nos vários espaços sportinguistas e redes sociais. O meu agradecimento em particular ao Lourenço (não sei se é o mesmo Lourenço que comenta aqui) e ao Vasco Mendes, que o têm feito detalhadamente na Tasca do Cherba, e ao Miguel Graça (@felyduw) que, via Twitter, colocou as fotos que estão em baixo.

Estou certo que mais pormenores serão conhecidos amanhã, mas por aquilo que já se sabe não há qualquer dúvida que cai em definitivo o mito da dinastia roquetista. O Sporting foi conduzido durante quase duas décadas por gente que nunca colocou o Sporting no topo das prioridades, e o resultado está à vista:



Quase acabaram com o clube.

Pelo meio ainda houve lugar para uma nova surpresa: uma quebra de contrato da GALP desenterrada pela auditoria que os antigos dirigentes esconderam e que se preparava agora para explodir nas mãos dos dirigentes atuais - e que pode envolver o pagamento de mais de 5 milhões de euros. Pelo que percebi, Fernando Gomes (atual administrador da SAD do Porto e ex-administrador da GALP) está metido ao barulho, bem como um antigo dirigente do próprio Sporting. Será um assunto que certamente será notícia nos próximos dias.

Outro mito que caiu foi o das eleições antecipadas. Ao contrário dos rumores que andaram a circular, o mandato desta direção será para levar até ao fim. Ainda bem que é assim.

Mas outra conclusão que se pode tirar de tudo isto é que nós, os sócios e adeptos sportinguistas, também falhámos ao não fazer o escrutínio que se impunha do trabalho das nossas direções. Presumimos que colocavam os interesses do clube em primeiro lugar, aceitámos tudo sem questionar. Acredito que o movimento que forçou a demissão da direção de Godinho Lopes representou um virar de página no envolvimento dos sócios na vida do clube. Tenho a opinião, com base nas muitas impressões que vou trocando com muitos outros sportinguistas, de que existe de facto uma consciencialização diferente pelos assuntos do clube, bem para lá do que está diretamente relacionado com futebol. Saibamos manter esse espírito crítico para ajudarmos também a direção a manter-se no rumo que defende os melhores interesses do clube. Um escrutínio diário, com memória do passado recente e distante, sem conclusões precipitadas nem preconceitos. Se o fizermos, dificilmente voltaremos a passar por uma situação tão aflitiva como a de 2013.