segunda-feira, 27 de julho de 2015

Caros são os que não jogam

"Caros são os que não jogam", palavras de Pinto da Costa na entrevista que deu na semana passada ao El País, e das quais me lembrei quando vi a seguinte notícia na edição de hoje do jornal A Bola:


Há cerca de um ano Braima Candé estava em final de contrato com o Sporting - que não tinha interesse na renovação com o jogador - mas o Porto lá lhe ofereceu um contrato de 4 anos pelo puro prazer da alfinetada. Mesmo que o salário de Candé seja uma gota no infindável orçamento portista, a soma das tentações em contratar só para desviar alvos de outros clubes hoje representa uma poça com uma proporção não negligenciável e com proveitos desportivos nulos ou reduzidos. A fórmula produziu êxitos incontestáveis no passado - como com Falcao, Danilo, Moutinho - mas o aproveitamento que têm obtido dos desvios mais recentes e bem mais dispendiosos está ao nível da decadência que o clube evidencia. Ghilas e Josué são alguns exemplos. Veremos se o caríssimo Danilo Pereira consegue inverter esta tendência... mas tendo como concorrente o mais dispendioso jogador da história do futebol português será uma proeza se conseguir ter uma utilização regular.

Voltando a Candé, na primeira época de azul e branco não calçou no Porto B nem no Freamunde, clube a que foi emprestado em janeiro. Na segunda época vai para o Mirandela, clube do CNS. Boa oportunidade para relembrar a gritaria que houve da parte de alguns sportinguistas quando deixámos fugir esta pérola para o Porto...