quinta-feira, 2 de julho de 2015

O dia do Sporting Clube de Portugal

À semelhança do que tinha acontecido no ano passado, o aniversário do Sporting foi muito bem aproveitado para enaltecer e difundir o sportinguismo e a grandeza do clube. 

Começou pela apoteótica apresentação de Jorge Jesus em pleno estádio. Bancada cheia de adeptos para aplaudir o novo treinador, que não escondeu a emoção após a homenagem feita ao seu pai e pareceu genuinamente satisfeito por estar a pisar aquele relvado (que, a propósito, precisa de trabalhos urgentes). Excelentes sinais, no sentido em que revelam um Jorge Jesus que vem motivadíssimo para continuar a deixar a sua marca no futebol português.

Pela noite dentro tivemos a II Gala Honoris, que apesar de não ter incluído nenhuma surpresa de última hora de grande dimensão, consolida-se como um evento que dignifica o nome do Sporting Clube de Portugal. É de realçar o facto de ser uma cerimónia que encoraja a presença de sócios anónimos. Respira-se sportinguismo, premeiam-se os heróis do ano do universo sportinguista, relembram-se figuras da nossa história - com destaque para a comovente homenagem a Miguel Galvão Teles -, e dão-se a conhecer nomes menos conhecidos das modalidades. E o momento dedicado a Martunis também foi emocionante.

Em relação às categorias mais mediáticas, aqui fica um breve comentário:

  • Jogador do Ano: Rui Patrício - foi a minha escolha, mas não sei se teria escolhido o guarda-redes caso Paulo Oliveira e Carrillo estivessem incluídos nos nomeados.
  • Revelação do Ano: Tobias Figueiredo - justíssimo. Foi o único dos quatro nomeados que foi testado ao mais alto nível, e os outros terão outras oportunidades de vencer o prémio num futuro próximo. É preciso não esquecer que Tobias foi lançado às feras e portou-se de forma brilhante numa fase complicadíssima da época que incluiu os jogos com Benfica e Wolfsburgo. O nível exibicional descresceu a partir da derrota no Dragão e perdeu a titularidade após a expulsão, mas o balanço geral é muito positivo.
  • Treinador do Ano: João de Deus - a categoria mais polémica foi também a mais divertida (com um alguma vergonha também à mistura) graças a uma gaffe causada por uma troca de envelopes. A escolha aceita-se. João de Deus pegou numa equipa psicologicamente de rastos e levou-a a uma segunda volta notável. A arrumação do plantel ajudou, mas há muito mérito do treinador. Se a ausência de Marco Silva dos nomeados se aceita devido aos regulamentos, não percebo a ausência de Luís Boa Morte - mesmo considerando as declarações que fez após a sua saída.
  • Equipa de Formação do Ano: Juniores C (Iniciados) - escolha natural em função do título nacional que conquistaram.
  • Modalidades: Dirigente do Ano, Treinador do Ano, Atleta do Ano e Equipa do Ano: respetivamente para Gilberto Borges, Nuno Lopes, Ângelo Girão e equipa de hóquei em patins - um poker da modalidade inteiramente justo pela notável conquista da Taça CERS e uma época em crescendo que acabou por ficar bem mais próxima dos objetivos do que inicialmente se esperaria, dado ser o 1º ano do projeto.
  • Iniciativa do Ano: Sporting TV - um prémio que fica bem entregue a um projeto importantíssimo para o clube. No entanto, eu teria escolhido a iniciativa Sócio num Minuto, um gigantesco sucesso que recuperou dezenas de milhares de sportinguistas para o seio do clube. A Sporting TV teria muitas oportunidades de vencer no futuro. Gostaria também de ter visto nos nomeados a iniciativa das redes sociais do Sporting #VocêsSabemLá - a melhor hashtag de sempre.