terça-feira, 4 de agosto de 2015

Renovações

Um dos pontos em que a atual direção ainda não conseguiu se aproximar da eficiência desejada é o das renovações dos contratos dos jogadores do plantel principal. Existem casos mais prioritários que outros, mas talvez se possam agrupar da seguinte forma em função da sua situação contratual:
  • Estabilizados - jogadores com contratos altos e / ou ao nível da sua prestação desportiva
  • A necessitar de revisão - jogadores com contratos de valor inferior e cuja prestação desportiva justifica a melhoria de condições
  • Recém-chegados - jogadores que chegaram ao plantel principal há pouco tempo ou que renovaram contrato recentemente
  • A acabar - assuntos de resolução mais urgente

Utilizando estas categorias para classificar os jogadores de maior relevo que transitaram do plantel da época:
  • Estabilizados: Rui Patrício (2018), Adrien (2017), Montero (2018)
  • A necessitar de revisão: Jefferson (2017), William Carvalho (2018), João Mário (2018), Carlos Mané (2018), Slimani (2017)
  • Recém-chegados: Paulo Oliveira (2019), Jonathan Silva (2019), Tobias Figueiredo (2021), Ewerton (2019)
  • A acabar: Cédric (2016), André Martins (2016) e Carrillo (2016)

Havendo dinheiro à farta, o assunto das renovações é simples de tratar. Mas num clube com as restrições do Sporting, torna-se numa questão suficientemente complexa para ter que ser gerido com cautela: há que encontrar o equilíbrio ideal entre os interesses financeiros do clube e a satisfação dos jogadores em função da sua valorização no mercado e da sua posição contratual comparada com a generalidade dos colegas. 

Para além disso, existe a dificuldade adicional pelo facto de a maior parte dos jogadores (se não todos) verem o clube como uma plataforma para chegar a ligas mais competitivas e endinheiradas. Ao tentar estender o contrato, o jogador e o seu empresário não fazem apenas contas ao que passarão a receber. Conta também (e muito) aquilo que deixarão de ganhar ao ficarem atados ao clube durante um período adicional, em relação ao que poderiam receber se deixassem o contrato chegar ao fim. Tudo isto torna complicado fechar renovações com aumentos pouco significativos que impliquem mais anos de ligação mútua.

Para já, o balanço desta direção na questão das renovações não é propriamente positivo: não conseguiu concretizar os milagres de negociar um novo acordo com Bruma, Ilori e Dier (que todos percebemos serem missões impossíveis, atendendo às dificuldades financeiras que existiam na altura e ao descuido da direção anterior em não renegociar atempadamente os respetivos contratos), viu-se forçada a vender Cédric abaixo do seu valor de mercado, e ainda não conseguiu encerrar os dossiers de André Martins e Carrillo.

Mas começam a haver alguns sinais positivos: a recuperação de Matheus Pereira - que todos julgávamos perdido para o Mónaco - e o recente acordo com Carlos Mané para estender o contrato até 2020. Tem-se também falado com insistência nas conversas de renovação com Jefferson, João Mário e Slimani, que justificam plenamente a melhoria das suas condições. No caso de João Mário, falamos de um dos jogadores menos bem pagos do plantel, que conquistou a titularidade na época passada e inclusivamente chegou a internacional A. Quanto a Jefferson e Slimani, uma eventual renovação garantirá uma importante paz de espírito a dois jogadores fundamentais que são muito cobiçados no estrangeiro, e que na época passada estiveram na origem de problemas bem inoportunos. E nestas casos o tempo não definitivamente é nosso aliado: no final desta época estarão a entrar no último ano de contrato.