segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Azia em estado puro

É a única coisa que me ocorre dizer para classificar a crónica de Miguel Cardoso Pereira, no jornal A Bola. A única explicação alternativa possível é que o tenham obrigado a escrever sobre o jogo sem o ter visto, tal é a criteriosa seletividade dos momentos do jogo que se lembrou de referir.

Por exemplo, isto foi o que Miguel Cardoso Pereira escreveu sobre a primeira parte:


Certamente que o jornalista não se terá recordado de outras duas iminentes oportunidade de golo do Sporting - de João Mário e Paulo Oliveira -, nem do domínio evidente do Sporting a partir dos dez minutos. E, tirando o remate de Wilson nos primeiros minutos, o Braga não voltou a criar perigo até ao lance do primeiro golo. 

(estatísticas ao intervalo, via @_goalpoint)

E mencionar que Alvalade chovia de tristeza... por dentro? Alvalade reagiu da melhor forma aos golos, apoiando com mais força a sua equipa. Esta metáfora é absolutamente ridícula.

Mas o pior ainda viria depois. Miguel Cardoso Pereira achou relevante fazer, na crónica do Sporting - Braga, estas considerações:


O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Até pode ter sido o sexto penálti assinalado a favor do Sporting na Liga (por acaso até foram oito), mas não é para isso que os árbitros lá estão, se houver motivo para os marcar? E então os penáltis que ficaram por marcar, os penáltis mal assinalados contra o Sporting, ou as expulsões perdoadas aos adversários? Perdemos o direito de reclamar esses casos só porque já tivemos seis penáltis a favor?

Não sei se ainda há sportinguistas que compram A Bola, mas aqueles que o fazem deviam reconsiderar seriamente essa sua opção.