sábado, 2 de janeiro de 2016

#DiaDeSporting: Dia de recuperar a liderança

Não é uma final, não é um jogo que vai decidir um campeonato, nem sequer afastar ninguém da corrida do título. Mas convenhamos que é uma daquelas partidas que pode causar estragos a quem a perder e moralizar quem a ganhar.

Não serve de nada chorar sobre o leite derramado, mas a derrota na Madeira foi uma dupla lástima: não só nos privou de três pontos que nos deixariam na liderança isolada, como também nos permitiria encarar o clásico de hoje com uma dose ligeiramente inferior de pressão, empurrando-a para o outro lado da barricada.

O ponto positivo é que temos já a oportunidade de corrigir o desvio da trajetória vitoriosa que vinhamos fazendo desde que o campeonato começou. O Porto será o adversário mais difícil que defrontámos até agora em Alvalade, mas os campeões fazem-se ultrapassando os melhores, pelo que caberá aos jogadores demonstrarem em campo que têm vontade e capacidade para levantarem o troféu em maio.

Existem dúvidas em relação à utilização de William e Bryan Ruiz. É sabido que estes bluffs são uma tradição de Jorge Jesus, pelo que tenho esperanças que os veremos mais logo em campo.


Curiosidade para ver como Lopetegui armará a equipa para logo. Suponho que povoará o meio-campo com quatro homens (Danilo, Rúben Neves, Herrera e André André), deixando na frente Brahimi e Aboubakar/Corona para surpreender no contra-ataque. Espero que Jesus não caia na tentação de povoar também o meio-campo, pois será pressionando a defesa do Porto que teremos melhores hipóteses de controlar o jogo. Essa estratégia envolve mais riscos, é certo, mas o Porto não está habituado a jogar sem bola e poderá ser por aí que a estrutura da equipa poderá começar a abanar.

Será necessário manter a concentração em todos os momentos de jogo e respeitar sempre o Porto, que tem um conjunto de jogadores que de um momento para o outro poderão resolver a partida. Do nosso lado, pelo contrário, a força está sobretudo num coletivo que tem sabido estar à altura das exigências nos momentos mais complicados. Vai ser um grande jogo, de resultado imprevisível. Que o ambiente nas bancadas ajude a inclinar o campo a nosso favor.