terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Equação impossível

O Arouca - Sporting de há pouco foi um daqueles jogos carregado de dilemas sem solução, que só mesmo a Taça da Liga é capaz de nos dar. Por um lado, queremos ver a nossa equipa a ganhar. Por outro, não queremos que ninguém se lesione para não prejudicar as aspirações no campeonato. Por um lado, estamo-nos a borrifar para a competição em si. Por outro, não nos importamos de ter uma nova oportunidade para fazer uma reprise do Bailando perante os vencedores crónicos da Taça Lucílio. Por um lado, queremos existam sempre mais dias de Sporting. Por outro, não queremos que o calendário fique demasiado sobrecarregado em fevereiro.

Como tal, era, à partida, logicamente impossível chegarmos ao fim do jogo com um sentimento de satisfação pleno, independentemente do resultado e da definição do apuramento.

Mas mesmo perante este cenário sem qualquer happy ending à vista, a primeira parte foi demasiado má para ser verdade. Já vi jogos de solteiros contra casados mais interessantes que este. Pior, já joguei jogos de solteiros contra casados mais interessantes que este. Foi de tal forma aborrecido, que apenas consegui retirar dois aspetos positivos em relação aos primeiros 45 minutos: em primeiro lugar, o facto de eu só ter começado a ver o jogo a partir dos 20'; depois, a constatação de que, perante esta ausência de futebol, seria difícil a coisa não melhorar na segunda parte.

E a verdade é que a segunda parte lá conseguiu ser minimamente suportável. Mané, Gelson e Podence entraram com alguma vontade de jogar e conseguiram contagiar alguns dos seus companheiros. Algumas jogadas decentes, Montero a bater dois excelentes livres e num deles Zeegelaar estreou-se a marcar e a assegurar a vitória. E Jug fez bem o pouco que teve para fazer. Pena é que já não tenha mais jogos da Taça da Liga para se mostrar (see what I mean?).