quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Enfim (,) eliminados

Nunca é positivo o afastamento de uma competição, mas considerando aquilo que investimos nela e a dificuldade do adversário, creio que não há motivos para ficarmos insatisfeitos com o desempenho da equipa. Claro que existiram erros individuais, a exibição em Lisboa ficou aquém do que seria expectável, e é legítimo pensar que teríamos as hipóteses de qualificação bem superiores se tivéssemos colocado o melhor onze nas duas partidas, mas a estratégia foi correta e nem por isso deixámos de estar na discussão da eliminatória até ao indefensável remate de Bellarabi. 

Curiosamente, tanto o golo em Lisboa, como os dois primeiros golos de hoje dos alemães surgiram numa altura em que estávamos por cima do jogo. O resultado de 3-1 não espelha o que se passou em campo e definiu-se sobretudo por uma enorme eficácia da equipa alemã, eficácia essa que nos faltou sobretudo na primeira parte.

Em relação a estes 90 minutos, de destacar o recital de João Mário na primeira parte, liderando uma exibição coletiva bastante interessante e personalizada e, pela negativa, (mais) uma falha de posicionamento de Jefferson a proporcionar o 1º golo do Bayer e um falhanço inacreditável de Mané, que teve um jogo claramente insuficiente e acabou por ajudar ao isolamento de Teo na frente.

Uma palavra para os 3000 sportinguistas presentes na BayArena. Simplesmente fantásticos!

No conjunto dos 180 minutos foi uma qualificação justa do Bayer, sendo que o Sporting merecia um desfecho menos desnivelado. Poderíamos conseguir a qualificação se tivéssemos metido a carne toda no assador nos dois jogos? Nunca saberemos, é possível que sim, mas quem tem que gerir toda uma época não pode ir a todas da mesma forma. Há decisões difíceis a tomar e, neste caso, mantenho o que tenho vindo a dizer: parece-me que esta abordagem fez todo o sentido - ganhemos ou não o campeonato nacional.