sábado, 21 de maio de 2016

Balanço de 2015/16: Avançados



Islam Slimani: ***          2014/15: ***     2013/14: **

O argelino atingiu um nível que seria impensável há dois anos. A prova viva de que a determinação e espírito de sacrifício podem compensar, em grande parte, as limitações técnicas com que se nasce. Acabou a época com 31 golos marcados, dos quais apenas 2 foram de penálti, e picou o pontou por 9 ocasiões a Benfica, Porto e Braga. Um ponta-de-lança que foi um pesadelo para todas as defesas que defrontou, independentemente de serem equipas de topo ou do fundo da tabela. Uma das grandes figuras do Sporting 2015/16. Provavelmente será transferido. Vai deixar saudades.


Teo Gutiérrez: *

Dois terços de época para esquecer, terminando, no entanto, em bom nível, ao marcar 8 golos nos últimos 8 jogos. Apesar dos 15 golos que marcou, a prestação de Teo foi, na minha opinião, insuficiente. Falamos de um jogador que, sendo o mais bem pago do plantel, esteve longe de corresponder às expetativas da sua contratação. Não só pelo que (não) jogou em grande parte da temporada, mas também por causa das rábulas da sua estadia prolongada na Colômbia e da pressão que fez para sair. Ainda agora a época acabou, e já há notícas de que Teo está a pedir para sair. Se for verdade, é fazer-lhe a vontade perante uma proposta minimamente interessante.



Fredy Montero: *          2014/15: **     2013/14: **

Ninguém nega que Montero tem uma capacidade técnica acima da média, mas fica complicado entregar um lugar no onze a um jogador tão pouco regular. Marcou 3 golos decisivos (Nacional, Braga e Académica) que valeram 3 importantes vitórias, mas foram bastante mais os jogos em que pouco acrescentou em campo. Considerando a sua situação no plantel e as necessidades financeiras do clube, compreende-se a sua venda.


Junya Tanaka: *          2014/15: *

Apesar de bom profissional e de ser um grande marcador de livres, o japonês não é jogador com nível suficiente para o Sporting. Não sendo bem ponta-de-lança, não sendo bem extremo, não sendo bem médio ofensivo, ficava complicado encaixá-lo onde quer que fosse.


Hernán Barcos: *

Provavelmente, a única contratação do mercado de inverno que não acrescentou nada ao plantel. Contra ele jogava o facto de estar há mais de dois meses sem competição. Jesus foi-lhe dando minutos de forma inconstante, mas nunca correspondeu. Ficaram mais na memória os lances em que se atrapalhou do que qualquer outra coisa que tenha feito com qualidade. Tenho muitas dúvidas que seja o jogador de que precisamos para substituir Slimani. Em função da conjuntura negativa em que chegou ao Sporting, talvez mereça a oportunidade de se mostrar na pré-época, mas não acredito que isso chegue a acontecer.


Bryan Ruiz: ***

Sobre Ruiz já escrevi tudo aqui (LINK). 


Carlos Mané: *          2014/15: **     2013/14: **

Não foi ainda a época de explosão de Mané, que poucas vezes conseguiu aproveitar as oportunidades que lhe foram dadas. É natural que, após 3 anos na equipa principal, se levantem dúvidas sobre se conseguirá alguma vez afirmar-se como solução de primeira linha para um clube com o Sporting. Considerando as notícias que davam interesse de clubes alemães na janela de transferências de inverno, o mais provável é que seja cedido. 


Gelson Martins: **          

A sua inclusão no grupo de trabalho foi, provavelmente, a maior surpresa no início da época. Um jogador com capacidade para desequilibrar graças à sua velocidade e capacidade de drible, revelou no entanto dificuldades iniciais no momento de definir. Com o avançar da época, foram visíveis os progressos quer ao nível da decisão, quer no à-vontade para jogar em espaços interiores. Um projeto de jogador que, para já, está no bom caminho. Tem tudo para explodir em 2016/17.


Matheus Pereira: *

Um craque em potência. Esteve bem na generalidade dos jogos em que participou, mas acabou por ter direito a menos minutos do que Gelson, o que, confesso, me surpreendeu, pois via em Matheus maiores probabilidades de afirmação. Dúvida para a próxima época: manter no plantel, jogando menos, ou emprestar a um clube de I Liga para ganhar experiência? Se a opção for a segunda, 80% dos clubes vão esfolar-se para poderem contar com ele.