sexta-feira, 20 de maio de 2016

Balanço de 2015/16: Médios



William Carvalho: **          2014/15: **     2013/14: ***

A temporada não podia ter começado de pior forma para William. Ao apresentar-se nos trabalhos de pré-época, foi detetada uma fissura de esforço - contraída ao serviço da seleção sub-21 -, que o fez perder toda a fase de preparação e as primeiras seis semanas de competição. Regressou em outubro, mas pareceu estar sempre um nível abaixo dos restantes companheiros, e revelando dificuldades em adaptar-se ao que Jorge Jesus pretendia dele. Felizmente foi subindo gradualmente de forma, e terminou a época num nível altíssimo.


Bruno Paulista: -

O principal mistério de 2015/16, tanto no processo de contratação como, depois, na forma como desapareceu das opções de Jesus. Foi um pedido expresso do treinador, acabando por vir para Portugal através de um estranho empréstimo do Recreativo de Caála - naquele que é o episódio menos transparente da gestão de Bruno de Carvalho. Depois de um início de temporada em que esteve afetado por várias pequenas lesões, acabou por ser utilizado com frequência durante cerca de 3 semanas, deixando boas indicações. Acabou por se lesionar novamente no início de novembro, e nunca mais apareceu nos convocados. A sua permanência no plantel é altamente improvável, mas teremos que esperar pelas próximas semanas para perceber exatamente qual é o seu contexto dentro do clube.



Adrien Silva: ***          2014/15: **     2013/14: ***

Uma das figuras da época. Jesus atribuiu-lhe a braçadeira de capitão, e Adrien soube assumir o papel com distinção, não só pelo (muito) que jogou, mas também enquanto líder do grupo de trabalho. Nota-se que sente o clube de forma intensa, e é um exemplo dentro e fora do relvado. A evolução que registou foi tremenda, subindo significativamente o seu nível de jogo - em particular naquele que era um dos seus pontos fracos: o critério com a bola nos pés e a propensão para perdas de bolas comprometedoras.


Alberto Aquilani: *

Veio para o Sporting para disputar um lugar no onze com Adrien e João Mário. Nos primeiros meses da época foi dividindo minutos, com vários jogos a titular, mas a falta de intensidade que foi demonstrando acabou por relegá-lo para um papel secundário. A classe que tem é indiscutível, mas duvido que continue para o ano: é um jogador com um salário demasiado alto para o peso que tem no plantel.


João Mário: ***          2014/15: **

É difícil encontrar adjetivos que façam justiça à época de João Mário. Foi um dos jogadores mais influentes da equipa, um camaleão tático capaz de vestir diferentes fatos no mesmo jogo, mas sempre tendo desempenhos de enorme qualidade. É uma maravilha a forma como conduz a bola, de cabeça levantada, avaliando as várias opções que tem para dar sequência à jogada, e a capacidade que tem de pôr em prática aquilo que idealiza. Se melhorar a finalização, pode tornar-se num jogador de top mundial.  


André Martins: *          2014/15: *     2013/14: **

Ficou no plantel a cumprir o último ano de contrato. Sendo claro que seria sempre uma opção de última linha, fez-se justiça a um jogador com muitos anos de casa e que teve sempre um comportamento irrepreensível. Dentro de campo, pouco ou nada acrescentou - mas também era difícil exigir mais, considerando as raras vezes que foi utilizado. Que seja feliz no resto da sua carreira.


Bruno César: **          

Contratado ao Estoril em novembro, foi preparado pela equipa técnica para ser uma opção logo que abrisse a janela de transferências de inverno. A estreia foi de sonho, com dois golos e uma assistência em Setúbal. O brilhantismo revelado nessa partida esbateu-se um pouco, mas foi sempre um jogador útil, que acrescentou profundidade ao plantel. Jesus acabou por adaptá-lo a defesa esquerdo, com sucesso: contra equipas mais fechadas, aquilo que oferece ofensivamente ultrapassa largamente as carências defensivas que tem. Veio para ficar.