domingo, 15 de maio de 2016

#DiaDeSporting: Uma questão de fé

Considerando aquilo que tem sido este campeonato e a situação em que o Sporting se encontra à entrada para a última jornada, acreditar num desfecho feliz para as nossas cores é um exercício que assenta sobretudo numa questão de fé. Racionalmente, olhando para o que os dois jogos de logo poderão oferecer, há que reconhecer que o Benfica tem 99% de hipóteses de se sagrar campeão.

Não me interpretem mal: tenho confiança total na capacidade do Sporting para ganhar os três pontos em Braga, e tenho um enorme orgulho no percurso feito ao longo desta época. Simplesmente, não acredito em que ocorra na Luz a surpresa necessária para que o campeonato tenha a reviravolta que desejamos. Em primeiro lugar, porque o Benfica é muito melhor que o Nacional - e em condições normais, sem casos, vencerá sem dificuldades -, mas também porque o Benfica tem demonstrado ser um clube imune a surpresas. Imune, no sentido em que falamos de uma equipa que ganhou 18 dos últimos 19 jogos disputados para o campeonato, com raríssimos acidentes de percurso - um registo francamente improvável para a qualidade do futebol que tem praticado.

Cabe ao Sporting continuar a fazer aquilo que tem feito tão bom nesta reta final de campeonato. Já que falamos de acidentes de percurso, a (encomendada) ausência de Adrien é, indiscutivelmente, um problema grande que terá que ser contornado, pois não existe ninguém no plantel que ofereça o mesmo que o capitão em termos de reação à perda de bola - o que é particularmente importante contra um adversário como o de hoje, que sabe aproveitar muito bem essas situações para sair com perigo para o contra-ataque. Uma das soluções possíveis é a colocação de Aquilani no lugar de Adrien, mas acredito mais que essa tarefa fique a cargo de João Mário, com Gelson a ser colocado no flanco direito.

A receita para logo é, em primeiro lugar, fazer aquilo que nos compete. Não esperar quaisquer facilidades, apesar de a equipa de Paulo Fonseca poder estar parcialmente com a cabeça no Jamor. É lutar até o último segundo, desejando que aquele 1% derrube todas as lógicas das probabilidades.