quarta-feira, 22 de junho de 2016

Sacando da calculadora

Sei que não se deve colocar a carroça à frente dos bois, mas é impossível ignorar o emparelhamento que se está a formar para a fase a eliminar do Euro 2016:


Se Portugal ficar em 1º ou em 3º lugar do grupo F, ficará na metade esquerda deste quadro. Nessa eventualidade, fica garantido que apenas poderemos encontrar Alemanha, Itália, Espanha, França e Inglaterra na final. Depois de uma fase de grupos com uma oposição de nível acessível, seria impossível encontrar melhor conjunto de potenciais adversários numa fase tão adiantada da competição. 

Quem segue este blogue há algum tempo, sabe que admiro (e invejo) imensamente a estrelinha de Fernando Santos enquanto selecionador. Se a máxima que diz que ter sorte dá muito trabalho, então de certeza que não existe no mundo homem mais esforçado do que Fernando Santos. Recuperando a imagem que fiz no link que deixei acima:

Níveis de estrelinha no futebol

Se já era grave não conseguirmos o apuramento com este grupo, a estrada até à final que se estendeu à nossa frente é uma oportunidade que simplesmente não podemos desperdiçar. E, como se esta conjugação de fatores não fosse suficiente, dá-se o caso de a Hungria já estar apurada (pelo que poderá, eventualmente, poupar jogadores em risco de castigo, o que facilitaria mais a nossa tarefa), e ainda pode dar-se o caso de irmos parar à metade boa da fase a eliminar mesmo não ganhando à Hungria, já que o 3º lugar do nosso grupo também nos colocará nessa parte do quadro (e o mais provável é que, ganhando, fiquemos em 1º, e empatando, fiquemos em 3º).

Se Portugal ficar em (ganhando à Hungria por mais golos do que a Islândia ganhe à Áustria), defrontará o 2º classificado do grupo E (Bélgica, Suécia ou Irlanda). 

Se Portugal ficar em , defrontará a Inglaterra

Se Portugal ficar em (empatando com a Hungria e se, havendo também empate no Islândia - Áustria, Portugal não marcar mais golos que a Islândia), defrontará a Croácia

A estrelinha está bem viva e recomenda-se. Falta sermos minimamente competentes para a aproveitar.