quinta-feira, 22 de setembro de 2016

35 milhões de euros em cash é dinheiro à vista

Na conversa de amigos que teve na TVI no princípio do mês, Luís Filipe Vieira explicou, da seguinte forma, a decisão de vender Renato Sanches antes do Europeu:


"35 milhões de euros em cash, é dinheiro à vista, é muito dinheiro", disse o presidente benfiquista. Interpretei isso (e creio que a generalidade das pessoas o terá interpretado da mesma forma) como sinal de que o Bayern pagou os 35 milhões a pronto. Certo?

Mas se é assim, como se explica isto que está na apresentação que o Benfica fez ontem à CMVM dos seus resultados consolidados?


Não confundir prestações com o valor que o Benfica ainda poderá receber se os objetivos forem cumpridos. Havendo uma primeira prestação, isso implica a existência de, pelo menos, uma segunda prestação de uma obrigação reconhecida por ambas as partes num negócio. Os objetivos de Renato, prováveis ou não, não são uma certeza absoluta. Por isso, falamos de duas coisas diferentes.

Fica a pergunta: como é que algo pago a pronto, em cash, em dinheiro à vista, é, afinal, pago em várias prestações?