sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Gelson Martins assombra o mundo

Não sou eu que digo, é a Marca.


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O Bernabéu tardará a esquecer o nome de Gelson Martins. O extremo português consagrou-se na elite com um jogaço perante o Real Madrid. Foi o melhor jogador do Sporting de Portugal, um pesadelo constante para Sergio Ramos, Varane e sobretudo Marcelo, ultrapassado como poucas vezes perante a ação de Martins.

O brasileiro sofreu pelo seu flanco, e passou por dificuldades durante os 69 minutos em que Martins esteve em campo. A sua influência no jogo foi assombrosa, e a sua equipa acusou a sua ausência na última fase da partida. Descarado no um contra um, demonstrou uma velocidade endiabrada em corrida com a bola.

Só a falta de acerto de alguns colegas (como Dost) evitou que o conjunto lisboeta saísse do território branco com uma vitória. Martins esteve próximo de marcar no minuto 9 com um disparo cruzado defendido por Casilla. Depois, serviu de bandeja vários passes de morte que não foram aproveitados. Em algumas jogadas, passou até por três defensores a caminho da baliza.

Em definitivo, uma atuação memorável de Gelson Martins. Um desconhecido para o grande público em Espanha que aos 21 anos demonstrou estilo de craque.



Não sei se amanhã, sexta-feira (escrevo isto na noite de quinta), os jornais farão justiça, não só à enorme exibição de Gelson Martins em Madrid, mas também ao excelente arranque de temporada que o jovem extremo tem feito. Repare-se que, dos cinco jogos oficiais que efetuou até agora, o de ontem foi o único em que não marcou golos nem realizou assistências - e poderíamos somar ainda o golo marcado ao serviço da seleção sub-21. Sabemos bem que, se envergasse outras camisolas, o destaque que a imprensa lhe dispensaria teria começado já há algum tempo.

Uma maior atenção que também se poderia pedir ao selecionador nacional. Gelson leva 48 jogos realizados na equipa principal do Sporting, mas nem num particular com Gibraltar se arranjou espaço na convocatória. Essa ausência até poderia ser encarada com alguma naturalidade, mas sabemos bem que outros não precisaram de esperar tanto nem fazer um terço do que Gelson já fez para lá chegar.