sábado, 17 de setembro de 2016

O Sporting que nós queremos

É com muito prazer que vos anuncio que, a partir de hoje, o blogue passará a contar com a colaboração de um novo escriba: o 3295C. Acredito que este espaço ficará mais rico com a sua participação, pois o 3295C é alguém que poderá trazer uma visão complementar à minha, não em termos de sportinguismo ou na forma de viver o clube, mas por ter um trajeto de vida que lhe permite conhecer por dentro muito daquilo que aqui debatemos diariamente. Não definimos ainda uma periodicidade para a sua participação, que dependerá, sobretudo, da disponibilidade que tiver para escrever.

Feitas as apresentações, deixo-vos de seguida o seu primeiro texto para o blogue.



Determinaram as circunstâncias que inaugurasse este espaço no rescaldo de umas das noites mais memoráveis de sempre do futebol do meu Sporting. Ignoro olimpicamente aqueles que desprezam vitórias morais, subjugados à ditadura dos resultados. Por uma razão muito simples: se jogarmos ao nível (ou próximos, já que ser protagonista no Santiago Bernabéu é, por si só, argumento de motivação extra) do que jogámos em Madrid, estaremos sempre mais perto de ganhar. Em alguns casos, por muitos golos de diferença.

Foi frustrante ter saído sem pontos. Custou. Estar a ganhar – e a dominar – na casa do actual campeão europeu de clubes e perder nos últimos cinco minutos é terrível. Mas se há derrotas com sabor a vitória, esta é uma delas. A mensagem foi clara: até Bruno de Carvalho, no balneário, explicou aos jogadores que “Este é o Sporting que eu quero”. Um presidente que falou pelos adeptos. Este é o Sporting que nós queremos. Com certeza que Bruno de Carvalho não se referia ao resultado e sim à exibição que encantou a Europa.

O Sporting que nós queremos também é aquele que fechou o mercado de transferências com um novo recorde nacional de venda de um jogador português. Venda por opção e não por necessidade. A prova disso é que Adrien também esteve na porta de saída... e ficou. Sem dramas.

O Sporting que nós queremos está à beira de atingir os 150 mil sócios e Alvalade fervilha cada vez mais com o amor declarado de um 12.º Jogador louvado e desejado no caminho que se quer de título.

Tudo isto pode soar a chorrilho de vulgaridades, talvez já lidas noutros sítios, demasiado simplistas para tão complexa realidade. No entanto, se saltarmos da esfera futebolística e abrangermos a leitura do Clube ao seu próprio universo, é fácil de constatar que até nas modalidades este ano promete ser épico. O hóquei em patins conta no seu plantel com o melhor praticante mundial da actualidade; o futsal aponta para o título europeu – depois de ter limpado tudo a nível doméstico na época passada – e o andebol arrisca-se a ter uma temporada igual à do futsal no ano passado.

A juntar a tudo isto, o Pavilhão João Rocha.

Sentirmo-nos em casa é assim. Obrigado, MdC.