sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Reação do Sporting à notícia do JN

Reação do Sporting a esta "notícia" dada hoje pelo JN:
Começa a ser habitual, no futebol português e noutras indústrias nacionais, o recurso à maledicência e à manipulação grosseira dos números, para tentar impor a agenda malévola dos fracos e dos incompetentes. 

Agora, e depois de um esforço colossal para reestruturar as finanças do Sporting CP que, todos reconhecem, foi bem sucedido há quem persista no exercício desonesto pretender demonstrar que o Clube e a SAD estão em situação de “falência”. Aquilo a que assistimos, de forma recorrente, é à utilização de estratégias antigas de comunicação que visam, tão só, camuflar e esconder as fragilidades e maus desempenhos de outros. 

Já percebemos que a verdade pouco importa a quem vive da e na mentira constante. Qualquer orçamento e/ou qualquer texto presta-se a análises distintas. Umas de forma profissional e outras de forma manipuladora e tendenciosa. 
Mas porque somos uma empresa cotada, temos sentido de responsabilidade e respeitamos, acima de tudo, o país em geral e os Sportinguistas em particular não podemos ser complacentes com notícias colocadas cirurgicamente em dia de Assembleia Geral da Sporting SAD, com o único intuito de falsear a verdade e sabotar aquilo que tanto custou aos Sportinguistas a recuperar que foi a nossa credibilidade. 

Por isso mesmo, e em defesa do bom nome do Sporting Clube de Portugal e em nome da transparência que, ao contrário de outros, muito prezamos e promovemos, enunciamos alguns factos relevantes para que se perceba a situação que se vive em termos das SAD’s dos três maiores clubes portugueses. 

A história das SAD’s em Portugal, como largamente veiculado desde a sua criação, tem sido constantemente negativa, com perdas consecutivas e necessidades constantes de reforço dos capitais próprios. A Sporting SAD, desde 2013, inverteu esta tendência.

A Sporting SAD conseguiu implementar com sucesso uma reestruturação financeira e operacional que permitiu equilibrar os resultados operacionais e reforçar de forma decisiva os seus capitais próprios.

Ao ter conseguido associar ao equilíbrio dos resultados operacionais um reforço da competitividade desportiva com uma melhoria notória dos resultados concretos e uma forte valorização dos seus activos, tanto do valor dos passes desportivos como dos activos comerciais, também já com resultados concretos, a Sociedade pôde passar a uma fase de investimento no reforço da sua competitividade.

Na época 2015/16 os resultados são afectados por um facto não recorrente – provisão do processo Doyen, sem o qual o resultado seria negativo em apenas cerca de €10M, o que considerando uma participação normal na Liga dos Campeões implicaria um resultado líquido positivo.

A Sociedade poderia ter facilmente conseguido fechar a época 2015/16 com um resultado positivo caso tivesse optado por “forçar” a venda de atletas até 30 de Junho, no entanto preferiu concretizar as mesmas de forma tranquila, permitindo que estas fossem valorizadas ao máximo. Assim, se considerarmos o resultado de 2015/16 ajustado pelas vendas entretanto já concretizadas, o resultado seria bastante positivo e, seguramente, superior ao de qualquer outro.

Associando a estas vendas já concretizadas a participação na Liga dos Campeões, antecipa-se uma melhoria dos resultados e um forte reforço dos capitais próprios sendo expectável que para além de passar de novo a capitais próprios positivos e mesmo que se atinja o cumprimento do referido artigo 35º do CSC.

Notas: (Tabela em anexo)
1) Os perímetros de consolidação apresentados correspondem à Benfica SAD consolidada (incorpora a Benfica TV, a Benfica Estádio, a Clínica do SLB e a Benfica Seguros) e à Porto SAD consolidada (incorpora a PortoComercial, a PortoMultimédia, a PortoEstádio, a PortoSeguro, a Dragon Tour, a FC Porto Media, a EuroAntas, a Av. Aliados Soc. de Comunicação e a Miragem). O Benfica, incumprindo com a regulamentação, não apresenta contas consolidadas do grupo, em contraponto ao Sporting e ao Porto.

2) Os capitais próprios da Benfica SAD acima apresentados, a Junho 2016 incluem, conforme leitura do comunicado da Sociedade, “os ganhos obtidos com as transferências dos atletas Renato Sanches, Gaitán, Ivan Cavaleiro e Lima”.

Fica assim claro, mesmo que à data de Junho 2016 a situação líquida da Sporting SAD se se apresenta-se negativa em €25M, que é falsa e danosa a afirmação “Sporting precisa de €44M para evitar a falência”.

Mais, uma situação líquida negativa, ou o incumprimento do artigo 35º do CSC não implica por si só a dissolução da Sociedade, se assim fosse há muito que as SAD’s dos rivais teriam sido já dissolvidas, sendo que estão actualmente todas as 3 SAD’s em incumprimento do referido artigo 35º do CSC.

As mais valias nas alienações dos atletas João Mário e Islam Slimani, entretanto concretizadas, e que já afectarão positivamente os resultados da Sociedade e desta forma os seus capitais próprios no final do primeiro trimestre de 2016/17, que como já referido se estimam em mais de €54M, são mais do que suficientes para o equilíbrio da Sociedade, sem necessidade de concretização de quaisquer outras operações.

É também falso, injurioso e incompreensível falar em suprimentos provenientes das mais valias nas vendas destes atletas, quando estas vendas foram feitas pela Sociedade e, deste modo, já integram os seus capitais próprios, enquanto que suprimentos são entradas de dinheiro (empréstimos) por parte de accionistas. Aqui fica mais uma prova do que já alertamos há muito tempo sobre a forma pouco profissional, tendenciosa e manipuladora com que alguma comunicação social continua a lidar com os assuntos respeitantes ao Sporting Clube de Portugal e respectiva SAD.

Quanto ao aumento de capital de €18M não há, de facto, nada de novo a dizer. E quando assim acontece são os próprios jornalistas a dizer que quando nada existe de novo então não existe notícia. Infelizmente, no que ao Sporting CP concerne, o modus operandi vai sendo alterado sempre em detrimento do mesmo. Este aumento de Capital estava previsto na reestruturação financeira tendo já sido aprovado em Assembleia Geral de Accionistas da Sociedade, e será concretizado no devido tempo.