sábado, 1 de outubro de 2016

Escalar as muralhas e atingir as ameias... para fazer BASE jumping

Não há outra forma de descrever o que se passou que não seja da seguinte forma: desastroso. É incompreensível como, estando a ganhar por 3-0 a meio da segunda parte, se conseguiu deixar fugir a vitória. Numa partida em que a superioridade sportinguista foi mais que evidente na primeira parte, nada, mas mesmo nada, faria supor um desfecho destes. Chocante.



A escalada até às ameias... - o início da partida foi bastante amorfa, em que nenhuma das equipas conseguia assentar jogo e chegar com perigo à área adversária, mas a partir dos 20 minutos o Sporting conseguiu, graças à ação de William, Adrien e Gelson, fazer tudo o que quis do meio-campo e da defesa do Guimarães. Foi do melhor futebol que vimos o Sporting praticar esta época, e a vantagem de 2-0 ao intervalo era uma consequência natural de tamanha superioridade.



... para depois nos atirarmos lá de cima - não é admissível, em circunstâncias destas, perder uma vantagem de três golos. Nem vale a pena individualizar um ou outro jogador em particular. O problema foi coletivo e não poupa nenhum dos jogadores, incapazes de recuperarem animicamente do choque dos dois golos marcados pelo V. Guimarães - ironicamente, assinados por Marega. É verdade que há falta de Soares no terceiro golo, ao empurrar Schelotto nas costas, mas depois de tudo o que se viu, não faz grande sentido apontar o dedo ao árbitro. Os dois pontos foram perdidos, sobretudo, por culpa própria.

Quantidade anormal de golos sofridos - os números são alarmantes: 3 contra o Rio Ave, 2 contra o Estoril e mais 3 hoje.



Segunda deslocação consecutiva para o campeonato em que se desperdiça pontos. Tudo bem que foram perdidos em terrenos tradicionalmente complicados, mas a forma como ambas as partidas decorreram fazem com que sejam dois resultados muito difíceis de digerir. Nada está perdido, mas há que perceber o que está a falhar para que episódios destes não voltem a acontecer no resto da época.