segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Miscelânea sobre os nossos rivais

Os últimos dias têm sido relativamente calmos, no que ao futebol nacional diz respeito, mas nem por isso deixaram de ocorrer algumas curiosidades relacionadas com o Benfica, que merecem um curto comentário.

Os festejos de André Horta no futsal


No sábado passado, André Horta juntou-se às celebrações da equipa de futsal do Benfica, em pleno pavilhão. Tirou umas fotos com a equipa e ergueu o troféu, à vista de todos os que estavam presentes no pavilhão.

Há uns meses, quando o Sporting venceu o Benfica no pavilhão da Luz no 3º jogo das finais, Bruno de Carvalho também se juntou à equipa no final do jogo. Poucos dias depois, a FPF multou-o e suspendeu-o por quinze dias.

Não vejo grandes problemas na atitude de André Horta, e não acho que se justifique qualquer tipo de punição ao jogador, mas também não vi nenhuma gravidade no pecado de Bruno de Carvalho que justificasse os quinze dias de suspensão. Espero, sinceramente, que o jogador não seja castigado (o futebol português precisa de bom-senso), mas não deixará de ser divertido observar o contorcionismo do CD para fugir com o rabo à seringa. Sai um dolo sem intenção para a mesa 1!


A preparação do 1º Dezembro para a Taça de Portugal

O 1º Dezembro é o adversário do Benfica na próxima eliminatória da Taça de Portugal. As hipóteses que a equipa de Sintra tem de vencer o jogo são, como é evidente, ínfimas, mas os seus responsáveis parecem empenhados em garantir que nada corra mal... ao seu adversário.

Em primeiro lugar, abdicaram da sua maior (e, provavelmente, única) vantagem - o relvado sintético do seu campo -, ao decidirem mudar o local do encontro para o estádio do Estoril. A decisão não é inédita e compreende-se em função da pequena lotação do seu recinto (apesar de, há uns anos, ter calhado ao Sporting visitar este clube para a Taça de Portugal, e o jogo se ter disputado mesmo em Sintra). No entanto, o que não se compreende é que, a pouco mais de uma semana do embate com o Benfica, o 1º Dezembro tenha decidido fazer isto:

(obrigado, Filipe!)

Medida simpática para os scouts da equipa técnica de Rui Vitória, que assim puderam observar o seu próximo adversário com toda a comodidade e dispondo de condições técnicas irrepetíveis. Não percebo é o que é que terá ganho o 1º Dezembro com isto.


Ainda as reações à morte de Mário Wilson

Para além de ter servido para um vice-presidente benfiquista mandar umas bocas ao treinador do Sporting, a morte de Mário Wilson também foi serviu para recordarmos a importância que os próprios benfiquistas dão às quatro ligas experimentais que o clube conquistou e que, há poucos anos, passaram a considerar como campeonatos nacionais. Isto porque este triste acontecimento levou a que Mário Wilson fosse relembrado como o primeiro treinador português a ganhar o campeonato pelo Benfica.

BTV

Expresso

Record

Curioso, porque na primeira liga experimental ganha pelo Benfica, em 1935/36, o treinador era...

(via @mrmaq9283)

... Vítor Gonçalves, que, por acaso, era português.

Mais um detalhe que demonstra que a importância do revisionismo histórico que equiparou as ligas experimentais aos campeonatos nacionais se limitava à engorda do palmarés de um determinado clube. Tudo o resto foi ignorado, pelo que Mário Wilson continuou a ser lembrado como o primeiro treinador português a ser campeão nacional pelo Benfica.


Criatividade sueca

Existe uma desavença entre o Vasteras, antigo clube de Lindelof, e o Benfica, sobre direitos que o clube sueco reclama e que não são reconhecidos pelos encarnados (uma verba de €275.000 que os suecos dizem ter direito pelo facto de o jogador ter cumprido determinados objetivos, pretensão que o Benfica rejeita por ter, entretanto, assinado outro contrato com Lindelof).

Quem quiser saber mais sobre a posição do clube sueco pode ler este texto: LINK.

Não faço ideia de quem tem razão neste conflito, mas trouxe-o para esta miscelânea de temas por causa da curiosa t-shirt que um conjunto de adeptos suecos criou para angariar fundos para ajudar a suportar os custos do processo judicial. Aqui fica, sem mais comentários:

(via @captomente)