sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Ponto de viragem

Mais do que saber qual o onze que hoje subirá ao relvado, importa saber qual a atitude que os jogadores apresentarão durante os 90 minutos da partida. O momento psicológico está longe de ser o ideal devido à recente sucessão de exibições pouco convincentes, e é expectável que isso implique o aumento dos níveis de tensão da equipa. No entanto, não me parece que isso seja necessariamente mau, se essa tensão for devidamente canalizada.

A fraca prestação contra o Tondela resultou, provavelmente, da pressão a menos com que os jogadores encararam a partida e o adversário. Existiram lacunas técnico-táticas evidentes, fruto da má forma de alguns jogadores, mas não foi por aí que o final de tarde de sábado correu mal. Foi, sobretudo, uma questão de (falta de) mentalidade competitiva. E é isso que não pode, de maneira alguma, voltar a acontecer. 

Em Portugal, não há adepto tão acostumado a sofrer como os sportinguistas. No final da época passada, apesar de a equipa ter morrido na praia, o apoio foi avassalador até ao fim, e manteve-se APÓS o desfecho da época. Quando vemos que os nossos jogadores deixam tudo em campo, nunca deixamos de os apoiar, independentemente dos resultados. Esse apoio apenas tem de ser correspondido com espírito de luta e sacrifício.

É importante que os jogadores tenham percebido isso, de uma vez por todas.

Espero um onze ultra-determinado a impor o seu jogo desde o início. Que queira fazer o Nacional pagar a fatura das desilusões recentes. Que assumam e levem a peito as críticas que lhes foram feitas, e apareçam com vontade de corrigir aquilo que tem falhado. Que vejam o jogo de hoje como um ponto de viragem para o resto da época.