domingo, 2 de outubro de 2016

Três observações mais a frio

1. Não é possível deixar de ficar preocupado perante a forma como esta equipa se parece desligar dos jogos a determinada altura. O caso de Madrid é diferente, pois falamos de um adversário que tem valores individuais de tal forma estratosféricos, que se arrisca a marcar um golo sempre que vai à frente. Mas aqueles 15 minutos de Vila do Conde, o que assistimos frente ao Estoril após o 3-0 e os últimos 20 minutos de ontem em Guimarães não são admissíveis numa equipa que pretende ser campeã. Tudo o que de bom foi feito nos restantes 60 / 70 minutos, foi traído por um período de desleixo que não pode acontecer. Gerir resultados não é isto. Falta também ratice a toda a equipa. Quando adversário está galvanizado, é necessário quebrar o ritmo ao jogo. Aproveitando qualquer toque para ir ao chão e não dar a tentação ao árbitro de mandar seguir o jogo ou queimar minutos com assistências médicas. São estratégias feias, mas legítimas, e que os outros não têm problemas em utilizar contra nós.

2. Vendo posteriormente os lances polémicos, é evidente que, sem prejuízo dos erros cometidos pelo Sporting, Artur Soares Dias teve uma atuação que teve uma influência decisiva no resultado. Nos dois lances de penálti (o não assinalado de Rúben Semedo e o assinalado de William), houve contacto, mas também houve tentativa do avançado em procurar esse contacto. A decisão tanto podia cair para um lado como para o outro. Também tenho muitas dúvidas sobre se há falta de Zeegelaar no lance que deu a falta que esteve na base do terceiro golo.

Mas não deixam dúvidas que existe:

a) Falta sobre Gelson que está na origem do 2º golo do Guimarães.

b) Falta sobre Schelotto no lance do 3º golo do Guimarães.

Os dois lances podem ser vistos aqui:


c) Uma agressão a Markovic na área do Guimarães que o árbitro não viu, que pode ser visto no blogue Sporting com Filtro (LINK).

3. Apesar de tudo isto, na pior das hipóteses ficamos a três pontos do Benfica. Há muito campeonato pela frente. Há que manter a calma e confiar em como a equipa conseguirá dar a volta a esta situação mais complicada. A qualidade está lá, falta ter a consistência necessária durante TODOS os 90 minutos.