terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mais claro do que isto é impossível - parte 1

Há cerca de um ano e meio, a seleção portuguesa esteve presente no Europeu sub-21. A participação foi muito meritória, tendo a seleção acabado por cair na final, frente à Suécia. O futebol praticado pela equipa de Rui Jorge foi de luxo, e, como consequência natural, vários jogadores portugueses foram incluídos no onze ideal do torneio. Um deles, inclusivamente, foi considerado o melhor jogador da competição (William Carvalho, para quem não se lembra).

Entretanto, esses jovens jogadores portugueses continuaram a evoluir, afirmando ou consolidando a sua importância nos clubes que representam. Ontem, a UEFA publicou uma análise à evolução dos jogadores que participaram nessa competição, formando um onze com os atletas que, ao longo desse ano e meio, mais deram nas vistas. Nesse onze, a UEFA elegeu quatro jogadores que representaram a seleção portuguesa, e um jogador estrangeiro que joga em Portugal. 

Agora a pergunta: se trabalhassem num jornal desportivo português, como dariam a notícia?

Pois bem, o jornal A Bola decidiu dá-la desta forma:


Destacaram Lindelof, pois claro. Os quatro portugueses não tiveram direito a serem mencionados pelo nome. Mais tarde, percebendo a magnitude do título escolhido, corrigiram.


É uma coisa sem importância, mas, precisamente por ser uma coisa sem importância, revela bem como estão formatadas aquelas mentes. Benfica über alles, mesmo que no alles esteja a seleção do seu próprio país.

Tenham vergonha.