sábado, 31 de dezembro de 2016

Exibição q.b. para fechar 2016

Foi com uma vitória e uma exibição q.b. que o Sporting fechou o ano de 2016, frente a uma equipa de escalão inferior que se apresentou em Alvalade bem arrumada e com vontade de fazer uma gracinha no contra-ataque. O jogo foi pouco interessante e a (pouca) história que teve resume-se às oportunidades que o Sporting foi criando, em número suficiente para golear, mas, ainda assim, escassas para o domínio territorial registado durante os 90 minutos.

Foto: Global Imagens / Gerardo Santos



Jogo levado a sério - Jorge Jesus não facilitou, e colocou o melhor onze que tinha disponível. A dupla Castaignos - Dost teve uma nova oportunidade, depois das boas indicações deixadas no Restelo. Não se pode dizer que a equipa tenha correspondido com a qualidade desejada, mas, de uma forma geral, houve vontade e empenho por parte dos jogadores, que criaram oportunidades suficientes para vencer confortavelmente. Sem ter havido exibições de encher o olho, destacaria (obviamente) Gelson, mas também Campbell, Castaignos - esteve perto de marcar por duas ocasiões -, Coates e Esgaio - o lateral fez a assistência para o golo de Gelson e teve duas importantes intervenções defensivas a matar situações de potencial perigo para a baliza de Beto. 

A entrada de Elias - o brasileiro substituiu o lesionado Adrien, e aproveitou bem os minutos que teve. Procurou ter bola e foi dos mais esclarecidos na sua distribuição. Fez um par de passes de rotura muito bem medidos, um dos quais devia ter sido melhor concretizado por Gelson. Defensivamente também esteve bem, demonstrando vontade em recuperar a bola quando esta estava na posse de jogadores do Varzim.

O ambiente no estádio - foi surpreendente, pela positiva, a atmosfera que se viveu durante a partida. Considerando que era um jogo para a fase de grupos da Taça da Liga contra uma equipa de um escalão inferior, a afluência dos sportinguistas foi bastante interessante: com as bancadas B fechadas, todas as bancadas inferiores registaram uma taxa de ocupação considerável. Mas também há que assinalar a presença de cerca de 800 ruidosos adeptos do Varzim, que não se pouparam no apoio à sua equipa até ao final. Belo ambiente para despedida de 2016.



Baixa definição - mais uma vez, o Sporting teve muita facilidade em chegar à área adversária, mas foram inúmeros os lances que se perderam por um passe mal medido ou por se demorar demasiado tempo a decidir. É um problema que afeta a equipa no geral, mas no topo da má definição esteve Gelson. Não deixa de ser irónico que tenha marcado num lance em que (pelo menos, é o que me parece) tentou cruzar. A facilidade com que consegue encontrar espaço é inversamente proporcional à capacidade que tem em meter a bola no sítio certo. Quando conseguir melhorar este aspeto do seu jogo, será imparável.

Motores gripados - William e Adrien, principalmente o segundo, estiveram muitos furos abaixo do seu melhor. Estiveram, sobretudo, lentos e ineficazes na distribuição de jogo, o que acabou por condicionar (bastante) a qualidade da exibição da equipa.



Uma vitória por dois golos daria uma tranquilidade adicional para o jogo de Setúbal, que precisaria de nos vencer por dois golos para nos ultrapassar na classificação do grupo. Assim, se os setubalenses vencerem o Sporting por um golo na última jornada, o vencedor será a equipa que tiver a média inferior de idades de jogadores utilizadores na competição. E, na eventualidade de uma derrota do Sporting, o Varzim ainda tem possibilidades de se apurar - precisando de vencer em Arouca por vários golos. De qualquer forma, será um cenário extremo que temos obrigação de evitar. No dia 4, às 20h15, o Sporting tem de ir - e irá - a Setúbal para vencer.