segunda-feira, 13 de março de 2017

Com Alan Ruiz e Bruno César disponíveis, que onze para o jogo com o Nacional?

Uma vez cumprido o jogo de castigo pela acumulação de cinco cartões amarelos, Alan Ruiz e Bruno César farão parte do lote de disponíveis para o jogo com o Nacional, no próximo sábado. Isto significa, em princípio, que Jorge Jesus voltará a mexer na equipa inicial.

Alan Ruiz tem sido dos melhores jogadores do Sporting em 2017. O argentino fez o suficiente para justificar, de momento, o estatuto de titular. Mas fará sentido retirar Podence - que só não foi o melhor em campo em Tondela porque Dost meteu a bola na baliza por quatro vezes - do onze? A meu ver, não.

Felizmente, Alan Ruiz e Daniel Podence não são jogadores incompatíveis. Recordo que demonstraram um excelente nível de entendimento nos quinze minutos que estiveram juntos em campo em Moreira de Cónegos. A jogada seguinte foi disso um bom exemplo.


Considerando que Alan Ruiz gosta de pisar terrenos centrais, meio descaído para a direita, Podence pode ser um complemento perfeito: é um jogador que, mesmo estando colocado na esquerda, tanto pode aproximar-se de Ruiz para jogar em apoio, como solicitar a desmarcação em profundidade; à semelhança do argentino, tem capacidade para jogar em espaços reduzidos; e oferece uma capacidade de pressão sobre a defesa adversária para a qual Ruiz não está minimamente talhado (ou interessado).

O sacrificado, neste caso, seria Matheus Pereira, o que acaba a soar um pouco a injustiça face ao bom jogo que fez. Mas pode perfeitamente ser lançado durante o jogo - até porque sabemos que Alan Ruiz não costuma durar mais do que 60 minutos.

Bruno César pode ser também uma opção, mas a meu ver faz mais sentido que seja considerado para a posição 8 - apesar de Bryan Ruiz ter estado bem nessas funções em Tondela. Para além disso, face ao momento de forma menos fulgurante de Gelson, não me chocaria se o extremo fosse poupado - o jogo com o Nacional é, em teoria, dos menos complicados que teremos até ao final da época -, abrindo assim espaço para Francisco Geraldes fazer um papel semelhante ao que era dado a João Mário na temporada passada.


Boas dores de cabeça para Jesus, caso a sua intenção seja mesmo apostar neste conjunto de miúdos que parecia não fazer parte das suas contas.