sexta-feira, 17 de março de 2017

Rescaldo das eleições, série #Bardamerda. Nº 6: Bruno Prata

Não estando propriamente no nível de desonestidade de outros comentadores que já foram mencionados nesta série de posts, Bruno Prata também fez o suficiente para estar incluído no grupo de pessoas a quem foi dirigido a parte do discurso do #bardamerda.

Prata é um daqueles comentadores que nunca tentou esconder a antipatia que sente por Bruno de Carvalho. Esse sentimento desde cedo que ficou bem evidenciado: relembro, como exemplo, um programa em que o comentador proferiu afirmações extremamente deselegantes sobre o presidente do Sporting, ainda durante o seu primeiro ano de mandato:

(o som deste vídeo é muito baixo, podem ter que aumentar o volume)

(o som deste vídeo é muito baixo, podem ter que aumentar o volume)

Durante a campanha eleitoral, Bruno Prata nem foi dos comentadores mais parciais - a concorrência entre os BdC-haters para essa distinção, como sabemos, foi enorme -, mas não deixou de tentar dar as suas estocadas sempre que teve oportunidade para isso. Por exemplo, quando fez a análise do debate entre Bruno de Carvalho e Madeira Rodrigues:

(voltem a baixar o som, este vídeo já tem um volume normal)

É um facto que Bruno de Carvalho esteve contido e relativamente à defensiva durante praticamente todo o debate. Mas foi óbvio, para qualquer pessoa que quisesse perceber, que essa postura foi propositada. De qualquer forma, dizer que perdeu o debate de goleada é um exagero óbvio. Está visto que os jornalistas desportivos foram os únicos que acreditaram que Madeira Rodrigues teria ganho muitos pontos no debate.

Aliás, a tolerância que Prata teve para com as ideias de Madeira Rodrigues foi tal, que até quis fazer parecer que estava convencido com as vagas e mais que questionáveis "soluções jurídicas" que o candidato disse ter encontrado para despedir Jesus sem custos para o clube. Alguma vez aceitaria Bruno Prata que Bruno de Carvalho apresentasse uma ideia chave do seu programa de forma tão incompleta e inconvincente?

Também foram manifestamente exagerados os elogios feitos por Prata a Madeira Rodrigues (jogou ao ataque, sim, mas com pouco conteúdo, e não teve um discurso particularmente agregador) e a previsão de que, mesmo perdendo, se posiciona para ser um candidato fortíssimo às eleições de 2021. Os 9% demonstram bem a credibilidade que não teve junto dos sócios - e não tendo conseguido credibilizar-se nesta campanha, nada indica que o consiga daqui a quatro anos.

Mais uma análise a juntar-se a tantas outras que pouco tinham a ver com a realidade, e mais uma previsão a sair completamente furada. Muita razão têm aqueles que dizem que o ódio cega.