terça-feira, 23 de maio de 2017

Balanço de 2016/17: GRs e Defesas



Rui Patrício: ** 
2015/16: *** 
2014/15: *** 
2013/14: ***

Depois de uma época memorável, em que esteve em grande nível no clube e se sagrou campeão europeu com a seleção - que lhe valeu o reconhecimento internacional e menções nos mais prestigiados prémios -, as expectativas para a época de Rui Patrício eram elevadíssimas. Infelizmente, o guarda-redes não correspondeu ao que dele se esperava. Não que tenha estado ostensivamente mal e custado muitos pontos ao clube - não esteve, e não custou -, mas o Sporting precisava de um guarda-redes que fizesse muito mais defesas impossíveis do que fez, e que valesse muito mais pontos do que valeu. Precisava do Rui Patrício das épocas anteriores. Infelizmente, esse Rui Patrício parece não ter regressado de França.


Beto: **

Regressou a casa treze anos depois da sua saída. Não sei se vinha com expectativas de ser titular perante uma eventual saída de Rui Patrício ou se com o papel de suplente, mas mostrou-se sempre comprometido com o clube, com o grupo de trabalho e, mais importante que isso, esteve sempre à altura das responsabilidades nos 9 jogos em que foi utilizado. Suponho que tenha um salário alto em relação ao que é a média do plantel, mas justifica-se. Enquanto adepto, estive sempre tranquilo quando Rui Patrício não esteve disponível para jogar. Espero que Beto continue por cá.


Azbe Jug: -
2015/16: -

Segunda época no clube, conseguiu em 2016/17 a proeza de ser ainda menos utilizado do que em 2015/16 - na qual fez um jogo para a Taça da Liga. Percebe-se o motivo. Na pré-época mostrou que não tinha nível para defender a baliza do Sporting e, tendo 25 anos, duvido que alguma vez venha a ter. Um problema para a direção resolver neste defeso, pois não faz sentido mantê-lo por cá durante os três anos de contrato que restam.


Ezequiel Schelotto: **
2015/16: **

É um eufemismo dizer que Schelotto não é dos jogadores mais queridos entre a generalidade dos adeptos sportinguistas, mas eu não desgosto do jogador. Schelotto pode não ser um lateral com boa capacidade de decisão, pode ter um aproveitamento pobre nos cruzamentos, mas compensa com a sua disponibilidade física e com a profundidade que dá ao corredor direito. Para além disso, é um jogador fiável defensivamente em situações de 1 contra 1 (estatisticamente, é o lateral do Sporting que menos dribles permitiu). As suas características pedem, à sua frente, um jogador mais com as características de João Mário do que com as de um Gelson Martins, e acabou, a meu ver, por sair prejudicado por isso. Ainda assim, foi o 2º jogador do Sporting com mais assistências no campeonato: 5.


João Pereira: **
2015/16: **

Para mim, foi um dos mistérios da época. Começou muito bem a época mas, sem que nada o fizesse prever, perdeu a titularidade para Schelotto. A partir daí, foi jogando a espaços, mas quase sempre a bom nível. De tal forma que, nas competições internas, o primeiro jogo que o Sporting não ganhou com João Pereira em campo foi... na Luz, à 13ª jornada. Até esse momento, João Pereira tinha sido utilizado em 9 jogos e festejado 9 vitórias. Nas competições europeias a conversa foi diferente: em Madrid acabou por ficar indiretamente ligado ao golo da derrota, e em Alvalade foi expulso. De qualquer forma, fez uma boa metade de época que viria a ser interrompida com a sua transferência para a Turquia, que se pode compreender face à necessidade de reduzir custos após a queda de todos os objetivos - e falamos de um jogador que, na altura, já tinha 32 anos. Desta época, guardarei na memória aquele corte oportuníssimo na área a Adrián no final do Sporting - Porto, que poderá ter valido a vitória nessa partida.


Ricardo Esgaio: * 
2015/16: *
2014/15: *

Utilizado em 14 partidas na equipa principal, Esgaio não conseguiu, mais uma vez, mostrar atributos que justifiquem maiores oportunidades. É verdade que a sua utilização foi inconstante - o que nunca ajuda à afirmação de um jogador -, mas não me lembro de ter ficado convencido, em qualquer um desses jogos, de que pode estar ali material para ser explorado com maior insistência. A polivalência de Esgaio pode ser útil em várias ocasiões, mas não me parece que alguma vez venha a ser mais do que isto num plantel de um clube como o Sporting.


Jefferson: *
2015/16: *
2014/15: **
2013/14: **

Quarta época em Alvalade, que provavelmente terá sido a última. A crua realidade é que Jefferson tem tido um rendimento fraquíssimo nos últimos dois anos e meio. Tem sido uma sombra do jogador que era uma ameaça nos cruzamentos e bolas paradas. Defensivamente comprometeu com frequência, ofensivamente raramente acertou um cruzamento. Nos últimos dois jogos desta época (contra Feirense e Chaves) voltou a demonstrar alguma raça e confiança, mas esse breve cintilar vem tarde demais para justificar mais um ano por cá. Agora que já tem o passaporte português, está na altura de procurar outro clube.


Marvin Zeegelaar: *
2015/16: *


Época irregular. Esteve razoável na primeira metade, relativamente certo a defender e inócuo a atacar. Em dezembro saiu da equipa e tardou em reencontrar-se, pois é um jogador que aparenta precisar, mais do que a maioria, de muitos jogos seguidos para ganhar confiança e tornar-se um jogador útil - o que é insuficiente para um titular de uma equipa que ambiciona lutar pelo título. Gostaria de dizer que poderia ser uma alternativa de banco para uma eventual contratação, mas está visto que não tem características psicológicas para esse papel - entraria sempre muito receoso sempre que fosse chamado.


Sebastián Coates: ***
2015/16: ***

No meio do descalabro que foi a defesa do Sporting ao longo desta época, Coates foi o único jogador que esteve ao seu melhor nível. Um patrão a quem faltou funcionários em melhor forma.


Rúben Semedo: **
2015/16: ***

Época algo irregular em que pareceu regredir em relação ao final da época passada. Cometeu demasiados erros, alguns dos quais foram castigados com golos dos adversários. Esses erros parecem mais fruto de desconcentração do que de falta de confiança - aliás, confiança é algo que lhe parece não faltar, até a tem em demasia. Também não ajudou a instabilidade que havia na posição de lateral esquerdo, obrigando-o a atenção redobrada. Os atributos físicos e técnicos dão-lhe condições para ser um central de topo, mas é necessário que a cabeça os acompanhe nesse desígnio. Veremos se a próxima época será a da sua afirmação em definitivo.


Paulo Oliveira: **
2015/16: **
2014/15: ***

Foi utilizado de forma intermitente, mas teve uma época ao nível do que se espera de Paulo Oliveira: um jogador capaz de resolver 90% das situações de forma eficiente e expedita, mas a quem faltam argumentos físicos e técnicos para resolver os restantes 10%. Parece-me um excelente terceiro central para o plantel, espero que continue.


Douglas: *

Considerando a sua experiência e o facto de ser um fetiche de Jesus, esperava-se que se adaptasse rapidamente ao sistema de jogo do Sporting e não tardasse a entrar nas contas da titularidade. Não só tardou, como não convenceu nas oportunidades de que dispôs. Neste caso não se pode ter o mesmo nível de tolerância que se dá a jogadores jovens e baratos, pois Douglas não é nem uma coisa nem outra. Com a entrada de André Pinto no plantel, deixa de haver espaço para o brasileiro.