quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

As novas aventuras de Nuno Cabral, o menino bonito do Benfica

Francisco J. Marques revelou ontem, no Porto Canal, mais alguns emails enviados por Nuno Cabral, autoproclamado candidato a menino bonito do Benfica, a elementos do Estado-Maior da estrutura encarnada: Paulo Gonçalves e Pedro Guerra.

Sem mais demoras, aqui estão os vídeos:




I. Nuno Cabral envia a Paulo Gonçalves dados detalhados sobre os árbitros e observadores nomeados para jogos do Benfica


O mais curioso, para mim, é que de todos os nomes mencionados, só um é adepto do Sporting - curiosamente, o observador que é descrito como sendo "exigente e honesto". Os oito árbitros mencionados são todos do Benfica (5) ou do Porto (3). Nem um é do Sporting. Estatisticamente, seria de esperar que aparecessem pelo menos dois... mas não posso dizer que tenha ficado surpreendido com isto.


II. Nuno Cabral envia a Pedro Guerra um email a dizer que o árbitro Hélder Lamas não pode subir à 1ª categoria


Não faço ideia se Hélder Lamas é ou não um dos árbitros de 2ª categoria mais promissores, mas convém registar que Francisco J. Marques não é pessoa inteiramente desinteressada ao fazer essa afirmação. De qualquer forma, o que fica verdadeiramente comprovado com este email é que:

1. O Benfica está muito atento às promoções dos árbitros (e pode-se presumir que exerce o poder - muito ou pouco - que tem), com a evidente intenção de povoar a 1ª categoria de gente que esteja naturalmente mais predisposta a agir de forma simpática.

2. Nuno Cabral está convencido de que existem árbitros que são protegidos do Porto, ou seja, pode-se perceber que pensa que o Porto também exerce o mesmo tipo de influências que o Benfica.

3. O nome do Sporting não é referido nestas guerras.

Fica perfeitamente claro quais são os verdadeiros pontos de instabilidade do futebol português. Pena é que não exista ninguém nas estruturas do futebol ou na comunicação social que tenha coragem para o assumir.


III. Nuno Cabral envia a Paulo Gonçalves informações detalhadas sobre uma reunião de delegados da Liga


Relembro que, a esta data, Nuno Cabral ainda era delegado da Liga, estando, portanto, obrigado à isenção e a manter-se equidistante dos clubes. Tráfico de influências no mínimo, corrupção caso tenha havido determinados tipos de contrapartidas pelos serviços prestados (pelo menos bilhetinhos, viagens e hotéis já sabemos que existiram). Mais palavras para quê?