sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Para que servem os regulamentos?

Ouvi ontem na Bola Branca das 18h15 que o Gil Vicente sempre vai comparecer no Estádio do Restelo para jogar a última jornada da fase de grupos da Taça da Liga com o Benfica. Como é conhecido, o relvado do Estádio da Luz não está em condições.

Mas houve algo que a direção do Gil Vicente referiu que achei interessante: o Gil Vicente não é obrigado a aceitar uma alteração de campo unilateral por parte do Benfica.

Nos regulamentos da Taça da Liga é possível ler-se o seguinte:


Para se mudar o local de um jogo, é necessário um acordo escrito pelos dois clubes. Acontece que pelos vistos o Gil Vicente não foi consultado nesta alteração:


Sendo assim, para que servem os regulamentos? O Benfica já está apurado, é certo, mas não devia fazer a viagem até Barcelos?

Já no ano passado o Porto violou os regulamentos ao utilizar jogadores num jogo da Taça da Liga sem que tivesse passado o período mínimo desde o jogo anterior pela equipa B. É certo que foi por 15 minutos num jogo que foi antecipado a pedido da própria Liga, pelo que era legítimo invocar o espírito da lei para não ser penalizado. E acabou mesmo por não ser penalizado.

O que me incomoda é ver que existe alguma arbitrariedade na decisão de quando é que os regulamentos não são afinal para ser seguidos à risca. E isso não me deixa nada confortável, porque existem muitos casos em que o bom senso não é tido nem achado. Quem na Liga está a definir a métrica que separa a letra da lei do espírito da lei?