quinta-feira, 5 de março de 2015

Ganhar é mais uma necessidade do que uma obrigação

É prática corrente dizer-se que todos os jogos em que o Sporting entra são para se ganhar, mas convenhamos que isso é mais verdade nuns casos do que noutros. No entanto, no jogo de hoje (ou para ser mais correto, na eliminatória que começa hoje), ganhar consegue ser mais uma necessidade do que uma obrigação.

Já está mais que debatida a importância que uma vitória na Taça de Portugal pode ter para o Sporting. Reinstalar o hábito de vitória após anos sem podermos celebrar este tipo de conquistas é algo que é fundamental, não só porque elevará significativamente os níveis de auto-estima do clube e adeptos, mas também porque é um degrau importante no desenvolvimento mental e de auto-confiança dos jovens jogadores que compõem o nosso plantel.

Ainda para mais depois da semana horrível que atravessámos. A vitória na Taça de Portugal pode dar-nos muito a ganhar - e estamos em magníficas condições de o conseguir - mas não posso ignorar as potenciais consequências que um eventual fracasso nesta competição possa provocar.

Se há jogo em que teremos que colocar em campo tudo o que tivermos para dar, é este. A dúvida atual é, em função do desgaste físico e psicológico que revelámos no passado domingo, qual a resposta que conseguiremos dar mais logo.

Como tal, parece-me fundamental que Marco Silva avalie bem quem está em condições de responder melhor dentro dos evidentes problemas de forma e de condição física que se têm feito sentir numa boa parte do plantel.

Se Slimani estiver em condições, deve ser titular, caso contrário que jogue Tanaka. Jogando o argelino, faz sentido colocar Capel e Carrillo - deixando a entrada de Mané para a segunda parte para tentar sacudir o jogo em caso de necessidade. Colocaria André Martins no lugar do desgastado Adrien. De resto não mexia em relação à equipa habitualmente titular.


Se conseguirmos resolver já hoje a eliminatória, ótimo, mas não faz sentido estarmos a correr riscos desnecessários à procura da vitória na partida. Hoje é apenas a primeira parte de um jogo de 180 minutos.