domingo, 2 de agosto de 2015

Boas sensações

Foram muito bons os sinais dados pelo Sporting na apresentação aos sócios contra a Roma. A evolução da equipa desde o jogo intermitente feito contra o Ajax Cape Town foi significativa e deixa água na boca para aquilo que se poderá alcançar com mais tempo de trabalho.

Se ofensivamente a equipa ainda continua com dificuldades em chegar à baliza adversária, defensivamente os progressos foram evidentes: destacam-se as linhas compactas e os posicionamentos que deixam o portador de bola adversário sem tempo para pensar o jogo e que lhe encolhem as alternativas de passe, a eficácia demonstrada na interceção das tentativas de passe para as costas da defesa e, claro, a pressão constante que começa nos nossos homens mais avançados.

Com a bola nos pés as diferenças em relação ao que se fazia na época passada também são grandes. Não há jogadores estáticos em campo, havendo a preocupação constante em dar linhas de passe ao companheiro com a bola, tentativa insistente em explorar o corredor central deixando as faixas para os laterais subirem e, acima de tudo, procura-se jogar sempre com critério. De qualquer forma, nota-se que a equipa tem tido dificuldades em gerar desequilíbrios à entrada da área adversária, facto que pode ser explicado pela falta de entrosamento entre vários elementos que começaram a trabalhar bastante mais tarde - dos 4 homens mais avançados que foram titulares ontem, Teo, Ruiz e Carrillo foram dos últimos a juntarem-se ao plantel.

Convém também não esquecer que defrontámos ontem o vice-campeão italiano que, ao contrário do que muitos imaginarão, começou a trabalhar no dia 5 de julho, ou seja, apenas 3 dias depois do Sporting. Ou seja, o argumento de que tivemos um adversário mais atrasado na sua preparação não se aplica.

Outras notas de destaque:
  • Estiveram ontem em Alvalade mais de 38.000 espectadores. uma das maiores assistências de que me lembro na pré-temporada.
  • O relvado continua em mau estado. Um problema crónico que parece cada vez mais um caso perdido.
  • Emocionante a presença do pequeno Gabriel no pontapé de saída e na receção do troféu. Uma bela surpresa.
  • Mais uma vez o troféu Cinco Violinos ficou em casa. 4 vitórias em 4 edições. Uma boa tradição que se começa a construir.


E agora, o Benfica. Fez bem Jorge Jesus em baixar as expetativas para o embate da Supertaça. Devemos desconfiar dos resultados que o nosso adversário do próximo domingo tem obtido no continente americano. Podem ter perdido Maxi, Sálvio e Lima, mas a base da equipa que foi campeã no ano passado mantém-se - e estamos a falar de um conjunto de jogadores que adquiriu o hábito de conquistar títulos. É verdade que Rui Vitória teve ainda pouco tempo para implementar as suas ideias, mas num jogo desta natureza o Benfica será sempre um adversário temível, por muito que os resultados da pré-temporada possam indiciar algo de diferente.