domingo, 6 de março de 2016

Falhámos quando não se podia falhar

Existem duas formas de encarar o jogo de hoje: uma partida em que só houve uma equipa a jogar futebol e em que acabou por ganhar aquela que, de longe, menos fez para vencer; ou uma partida em que ganhou a equipa que fez aquilo que tinha a fazer com mais competência, ainda que sem qualquer ponta de brilhantismo.

As duas hipóteses, na realidade, não são incompatíveis. Mas a dura verdade para os sportinguistas é que, no espaço de uma semana, desperdiçámos cinco pontos exibindo as mesmas qualidades e a mesma fraqueza - uma única fraqueza, mas que é suficientemente importante para destruir tudo o resto que se fez bem: a finalização.

Positivo

Apesar de tudo, o domínio da segunda parte - não foram quarenta e cinco minutos de domínio uniforme, longe disso, mas enquanto houve força nas pernas a equipa encostou o Benfica à sua área e dispôs de oportunidades suficientes para virar o resultado. 


Negativo

A finalização, mais uma vez - num jogo em que seria natural não existirem muitas oportunidades para marcar, é arrasador ver desperdícios como aqueles que Ruiz protagonizou - nomeadamente o segundo.

As substituições - Jesus tinha a necessidade de abanar o jogo, mas nenhuma das três alterações que fez resultou.

Ponham a bola na área, porra - não consigo compreender a cerimónia que a equipa demonstra em pôr a bola na frente quando os minutos finais se vão esgotando. Hoje, mais uma vez, com o Benfica completamente fechado, abdicámos de colocar a bola rapidamente na área. Uma coisa é a equipa ser fiel ao seu estilo de jogo, outra é não perceber quando a abordagem não está a resultar e já não resta muito tempo no relógio para marcar.


Outras notas

O jogo à equipa pequena do Benfica - jogaram pouco, comportaram-se como uma equipa de fundo da tabela na forma desavergonhada como simulavam lesões e perdiam tempo, mas saíram com os três pontos. Num jogo destas características, é isso que conta. Daqui a dois anos serão poucos os que se lembrarão das incidências da partida.



O campeonato está agora mais difícil, mas ainda não acabou. Há que saber reagir a esta grande contrariedade ganhando o jogo da próxima jornada, da seguinte, e assim sucessivamente até maio. As contas fazem-se no fim.