sábado, 19 de março de 2016

O perigo amarelo

Dos 8 jogos que faltam para o final da época, será consensual que os desafios de risco mais elevado para o Sporting serão as deslocações ao Dragão e à Pedreira. No entanto, não coloco a receção de logo ao Arouca muito abaixo na escala de dificuldade. O Arouca ocupa um surpreendente quinto lugar, mas isso não é fruto do acaso. Lito Vidigal pode ser uma pessoa detestável, mas é um treinador extremamente pragmático, que conhece muito bem as limitações dos seus jogadores e sabe tirar o melhor partido das suas qualidades.

Este Arouca ganhou a Benfica e Porto, e ficou muito perto de fazer a mesma gracinha contra o Sporting na primeira volta. É uma equipa que se sabe fechar e que é suficientemente venenosa para constituir uma séria ameaça no contra-ataque. Para além de que poderemos esperar o recurso a todo o tipo possível de expedientes de antijogo.

Contra isto, o Sporting precisará de ser uma equipa concentrada e paciente, e decidida a não desperdiçar tempo na procura do primeiro golo. Na realidade, tem que ser tudo aquilo que foi na primeira parte contra o Estoril, mas sem a parte do desperdício à frente da baliza.

Depois dos maus resultados contra o Vitória de Guimarães e o Benfica, a equipa e os adeptos souberam responder de forma exemplar na presença em força nas bancadas e na atitude dentro das quatro linhas. Os 42.000 bilhetes que, ao final da tarde de ontem, já estavam vendidos, são a confirmação de que os sportinguistas estão incondicionalmente com a equipa. Felizmente, os jogadores têm-nos dados bons motivos para acreditarmos neles até ao fim.