domingo, 24 de abril de 2016

Vitória tranquila com o Dragão já no pensamento

É um sinal de saúde competitiva quando vemos o nosso clube dominar totalmente o adversário durante 90 minutos, mesmo sendo óbvia uma certa gestão física e naturais cautelas na abordagem de lances divididos, naturais para quem já tinha o jogo do Dragão no pensamento. O Sporting marcou dois golos cedo e nunca teve necessidade de elevar o ritmo ao máximo das capacidades, mas mesmo em velocidade de cruzeiro criou oportunidades suficientes para construir um resultado bem mais volumoso.



Positivo

Marcar cedo - fundamental para quebrar a confiança de equipas como o União, que entram em campo sobretudo com a ideia de não sofrer golos. Valeu o bom nível de eficácia finalizadora que tanta falta nos fez noutras ocasiões.

O cruzador holandês - (ainda) não estou convencido que Zeegelaar possa vir a ser o lateral esquerdo de que precisamos. Essa minha opinião tem-se baseado sobretudo pela falta de confiança que o holandês demonstra no apoio ao ataque. No entanto, ontem, foi decisivo por ter feito as duas assistências para golo. Percebe-se perfeitamente a preocupação de Jesus em dar-lhe minutos para atacar esta ponta final (nomeadamente no Porto e em Braga), pelo que esta injeção de confiança vem na melhor altura.

Mais um golo de Teo - desbloqueou o resultado com um cabeceamento na pequena área, levando já seis golos marcados nos últimos cinco jogos. Para além disso, teve uma primeira parte globalmente positiva.

Rui Patrício a segurar - pouco depois do golo de Teo, fez uma enorme defesa a remate de Danilo, que impediu o empate do União. Mais um cromo na caderneta desta época das grandes defesas de Rui Patrício.

Outros destaques - William confirmou mais uma vez que está no melhor momento da época; Coates é classe dos pés à cabeça, e foi uma pena que não tivesse cruzado melhor depois daquela jogada em que levou a bola de uma área à outra; Schelotto esteve muito dinâmico pelo seu lado e voltou a fazer um bom jogo.


Negativo

Quebras de concentração - apesar do domínio generalizado, não foi um jogo isento de sustos, que aconteceram sobretudo por falhas de concentração da nossa parte. Quando a estratégia passa por gerir o resultado já alcançado, não se pode facilitar, sob pena de o adversário reentrar no jogo.

Exibições pouco conseguidas - Bruno César e Gelson ficaram vários furos abaixo do exigível, raramente as coisas lhes saíram bem; apesar do golo, João Mário teve uma exibição aquém do que lhe é normal; Slimani esteve infeliz na finalização; Barcos teve pouco tempo para se mostrar e revelou alguma ansiedade quando a bola lhe era dirigida.



Sexta vitória consecutiva, com um parcial de 20-5 em golos. Bom momento para ir visitar o Dragão, para um desafio absolutamente decisivo para o nosso objetivo final, contra um Porto que não pode ser, de forma alguma, subestimado.