quinta-feira, 5 de maio de 2016

Slimani v. Jonas


Jonas venceu o prémio de futebolista do ano atribuído pelo CNID (uma associação de jornalistas de desporto), ultrapassando Adrien, João Mário, André André e Rafa. Aceita-se perfeitamente a eleição de Jonas, que é, indiscutivelmente, a principal figura do Benfica. No entanto, não consigo compreender por que motivo Slimani foi esquecido nas nomeações.

Como é evidente, a importância de um jogador não se limita aos golos que marca - mesmo no caso dos pontas-de-lança -, mas no que diz respeito a este incontornável indicador, os números e, sobretudo, a distribuição dos golos de Slimani em função da dificuldade do adversário tornam-no, seguramente, uma das figuras desta liga.

Na comparação direta com Jonas, a diferença dos golos entre os dois corresponde ao número de penáltis convertidos (7 contra 2, não se podendo esquecer que um dos golos de Slimani ao Moreirense foi marcado na recarga de um penálti que o argelino não converteu). Destacam-se, no entanto, os seus 6 golos do sportinguista contra 0 de Jonas nos dérbis e clássicos. Jonas tem, em contrapartida, muito mais assistências do que Slimani (16 contra 5, segundo os números do Transfermarkt). Para além disso, existem outros intangíveis com que um e outro contribuem para o coletivo, como a capacidade de luta ou a inteligência dentro de campo) que também devem ser levados em consideração na atribuição de um prémio de jogador do ano.

Slimani e Jonas são, na minha opinião, as duas maiores figuras deste campeonato. Qual deles deve ser o jogador do ano? Para mim, aquele que no final celebrar o título de campeão.