sábado, 5 de novembro de 2016

Contra o Arouca: continuar em 3-4-3 ou regressar ao 4-4-2?

Não posso negar que a forma como o 3-4-3 funcionou em Dortmund me deixou com curiosidade para ver este esquema ser repetido noutros jogos no campeonato. Numa primeira análise, tinha dúvidas que fosse utilizável nas competições internas, mas, à medida que os dias foram avançando, comecei a simpatizar mais com a ideia. Esta alteração parece ter transformado uma das maiores debilidades da equipa – os laterais – numa arma ofensiva interessante, conseguindo, ao mesmo tempo, melhorar a segurança defensiva. A pressão alta funcionou suficientemente bem para evitar que os alemães – que têm jogadores muito acima da média na construção – conseguissem impor o seu jogo. E mesmo o trio de centrais conseguiu adaptar-se às circunstâncias de jogo: tanto Coates como, principalmente, Rúben Semedo, souberam adiantar-se no terreno para o lado de William quando a situação o exigia.

Agora, como funcionará este 3-4-3 contra equipas mais fechadas? Dost jogou quase sempre desapoiado, e não dispôs de qualquer oportunidade para fazer o gosto ao pé. Exigirá, certamente, que um dos médios se aproxime muito mais da área para compensar a ausência de um segundo avançado, e que os extremos passem a aparecer mais vezes dentro da área. Considerando estes requisitos, não seria de dar descanso a Bryan Ruiz e colocar Campbell ou Castaignos a fazer o mesmo papel?

Por outro lado, o regresso de Adrien poderá levar Jesus a preferir manter o seu tradicional 4-4-2? É um facto que, antes de o capitão se lesionar, ninguém tinha motivos para colocar em causa a qualidade do futebol praticado pela equipa. Será suficiente para ajudar a equipa a retomar esse nível exibicional?