terça-feira, 27 de março de 2018

O aprendiz de diplomata

Que o Benfica é um clube que dedica uma imensa atenção à cortesia, já todos sabiam. Que o digam os amigos da arbitragem de Braga e Fafe, antigos responsáveis pelas classificações do CA, vogais da secção não profissional do CD, árbitros da TAD, delegados da Liga, observadores de árbitros, juízes, funcionários judiciais, meninos queridos, presidentes do IPDJ, vice-presidentes do IPDJ, amigos de vice-presidentes do IPDJ, diretores financeiros do IPDJ, filhos de diretores do IPDJ e tantos, tantos outros que, ao longo da última década, têm beneficiado de convites para o Camarote Presidencial ou para a zona VIP do estádio.

Vieira bem diz que o Benfica "tem de ser o primeiro em tudo até na cortesia". Justiça seja feita, não só parece andar a fazer um excelente trabalho nesse departamento, como parece empenhado em melhorar ainda mais, fazendo questão de aprender com os melhores dos melhores: os diplomatas de carreira. Só assim se compreende a marcação cerrada que, segundo o que os últimos emails publicados pelo blogue Mercado de Benfica deixam entender, o clube encarnado faz questão de fazer a variadíssimas embaixadas.

Tem particular graça, por exemplo, a insistência nos convites ao embaixador argentino. É possível que Vieira aprecie a arte da cortesia ao ritmo de um bom tango. 


Isto é que é vontade de aprender. Costuma dizer-se que a melhor forma de alcançar a excelência em qualquer atividade é recorrer a quem sabe do assunto. Considerando que ninguém percebe tanto de cortesia como os diplomatas, diria que o Benfica está realmente 10 anos à frente dos outros a este nível. Autênticos aprendizes de diplomatas.

E se bato na tecla da cortesia, é por estar certo que não existirão quaisquer outros tipos de interesses por detrás de convites feitos a pessoal de embaixadas. O secretário pessoal de Vieira explica melhor o que quero dizer...


(via @OhFazFavor)

... e o próprio presidente também.