sábado, 15 de junho de 2019

“Basta”, dizem eles...

Gorada a perspetiva de arrumar o campeonato no 4º jogo, apesar de terem estado a apenas 30 segundos de o conseguir, a estrutura benfiquista parece agora temer que a história do ano passado se repita: recuperação do Sporting de 1-2 para 3-2 em jogos, valendo, desta vez, um inédito tetracampeonato para os Leões.

Se as vitórias dos dois primeiros jogos assentam bem a uma e a outra equipa, o mesmo não se pode dizer do que aconteceu no 3º jogo: a partida ficou marcada por uma agressão de Robinho a Dieguinho que foi invertida de forma inacreditável pela equipa de arbitragem. O pivot do Sporting foi expulso, o Benfica marcou golo na sequência do respetivo penálti (lembro que o resultado final foi de 4-3 para o nosso adversário), e o Sporting ficou sem um dos seus jogadores mais importantes para o 4º e 5º jogo.

Na passada quinta-feira, no jogo 4, o Sporting voltou a ter razões de queixa da arbitragem. Conforme apontou e bem Nuno Dias no final do jogo - após ter tido conhecimento das queixas de Joel Rocha -, ficou um penálti por assinalar a favor do Sporting por pontapé na cara de João Matos na área do Benfica, e ficou um vermelho por mostrar a Roncaglio, por ter jogado a bola com o braço fora da área. Acrescento ainda a absurda 5ª falta assinalada ao Sporting na primeira parte após corte limpo de Pany Varela.

Infelizmente, é isto o habitual nos últimos anos nos jogos entre Sporting e Benfica.

Mas ontem, o team manager do Benfica, Gonçalo Alves, num notável exercício de hipocrisia, tentou fazer passar a ideia de que o seu clube é que foi prejudicado, alegando a existência de uma enorme quantidade de faltas mal assinaladas. Um absurdo completo, visto que essa afirmação não poderia ser mais falsa - e em especial na falta de André Coelho que deu origem ao livre de 10 metros que Rocha converteria no 4-3, destacada pelo dirigente benfiquista.

Disse Gonçalo Alves:
"Então o lance que deu origem ao 4-3, que virou o resultado completamente... O André Coelho ganha posição, toca na bola e segue... Falta! O árbitro que apita é o que está mal posicionado. O outro está em linha, vê o lance, percebe que não é falta... Isto é que é grave: o árbitro que está mal posicionado é que apita. Mas temos algum azar com ele, o Benfica raramente ganha com este árbitro e há sempre lances polémicos, jogadores expulsos..."

Descaramento total. Basta olhar para o lance...


... para ver como André Coelho abalroa Merlim. Falta claríssima, bem assinalada pela equipa de arbitragem.

Tentativa mais que óbvia de condicionamento da arbitragem do quinto e decisivo jogo no Pavilhão da Luz. Perante isto, apenas podemos concluir que, ao Benfica, não bastam arbitragens imparciais. Aliás, conforme vimos na quinta-feira, nem sequer bastam arbitragens que os favoreçam num par de lances críticos: as únicas arbitragens aceitáveis para o Benfica são aquelas em que há salvo conduto para os seus jogadores fazerem o que bem entenderem dentro da quadra. As regras do jogo são secundárias. Se ganharem da mesma forma que ganharam na vergonhosa final de 2011/12... está tudo bem.