Se o estado de espírito benfiquista estivesse cotado em bolsa, gastava todas as minhas poupanças nessas ações. Hoje já teve uma grande subida, mas nada comparado com o que se vai seguir nos próximos dias.
Agora que recuperaram pontos em relação ao Porto (que não está a jogar uma beata), preparemo-nos todos para que A Bola e o Record publiquem incessantemente manchetes a ocupar quase toda a capa sobre o renascimento do Benfica. Agora que não precisam do Sporting para vender jornais, deleitemo-nos com as notícias que sairão diariamente sobre a reconciliação entre Jesus e Cardozo, dos jogadores monumentais que são Siqueira e Fejsa (apesar de ainda só terem jogado 2 ou 3 jogos), das fintas mágicas de Markovic e Djuricic, do amor incondicional de Luisão para os seus adeptos, do sucesso estrondoso da Benfica TV que vai ultrapassar as 200.000 assinaturas, dos mais de 180 minutos que Artur já leva sem sofrer golos, ou das portas da seleção que se abrem com estrondo para André Almeida.
Note-se que tenho a opinião, sem qualquer tipo de hipocrisia, que os benfiquistas têm motivos legítimos para se sentirem satisfeitos. O que me incomoda é o mais que certo regresso daquele folclore mediático repugnante da imprensa desportiva supostamente isenta que vamos ter que aturar daqui para a frente.