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domingo, 24 de janeiro de 2016

Se o ridículo matasse...

José Nuno Martins, diretor do Jornal Benfica, durante o intervalo do Benfica - Arouca.


(via @diogob22)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Inadmissível

Bruno Prata será certamente um ser humano com muitas qualidades, mas não será propriamente um mestre no que toca à sua fluência oratória quando fala em português, e muito menos quando se aventura na pronunciação de palavras noutros idiomas ou de nomes de jogadores e treinadores de outros países. Ontem, no programa Grande Área, Bruno Prata revelou ao público que as suas dificuldades com línguas estrangeiras não se limitam à questão da pronunciação - estendendo-se também à compreensão do que é dito ou escrito:


Na realidade, não se tratou *apenas* de má compreensão. Bruno Prata disse que "há informações que a UEFA considerou inadmissível a forma como o Sporting protestou", como quem diz que a UEFA não só rejeitou as pretensões do Sporting, como também salientou a natureza totalmente inapropriada do protesto feito pelo clube. E rematou com adjetivando o protesto do Sporting de "risível".

"Inadmissível", em português, pode ter de facto várias interpretações:


Mas "inadmissible" no contexto em que a UEFA julgou o protesto do Sporting refere-se à impossibilidade de a argumentação ser considerada válida ou aceite. Aliás, nem existe outro tipo de interpretação possível do termo em inglês:


Ou seja, Bruno Prata (e outras pessoas ligadas a outros clubes) assumiram (por ignorância ou por malícia) o sentido mais forte (intolerável) do termo em português, mas na realidade essa interpretação não encontra correspondência na palavra em inglês.

O que é efetivamente inadmissível é ver um jornalista que não só foi incapaz de interpretar corretamente a natureza da decisão da UEFA, como ainda teve o desplante de construir uma mini-narrativa ("há informações que") para insinuar uma espécie de raspanete ou sermão público que a UEFA teria pregado ao Sporting. A esta atitude de Bruno Prata a palavra "inadmissível" adequa-se na perfeição.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Recordar é viver

                                                                                                                                            
(bem lembrado, André!)


Fica portanto bem clara a opinião que Pinto da Costa tem de Lopetegui. Depois das críticas justas de Guimarães, ficou-lhe mal ao não reconhecer a justiça da expulsão do Maicon, e agora cai no ridículo por achar que isto...


... é penálti. Três jornadas consecutivas a lamentar-se, e só numa delas tem razões de queixa - em pouco mais de dois meses conseguiu perder toda a credibilidade na apreciação de jogos.

Já agora, esteve bem Marco Silva ao manter-se de fora desta conversa.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O risco da contratação de Nani segundo Diamantino Miranda

                                                                                                                                                   
Enquanto Luís Filipe Vieira não acaba de construir a Casa do Jogador, uma iniciativa louvável e altruísta que honra a história do clube - é melhor que se despache com as obras, porque qualquer dia já não sobra nenhum português que tenha feito carreira no Benfica, claramente uma espécie em vias de extinção -, Vítor Serpa e José Manuel Delgado vão fazendo o favor de ir dando abrigo e mantendo ocupadas muitas das velhas glórias do clube da Luz nas instalações da Bola TV. Não há dúvida que é mais confortável passar o dia num edifício com ar condicionado do que enfrentar o calor do verão nos bancos dos jardins públicos da cidade.

Infelizmente, em vez de lhes darem uma caixa de dominó ou um tabuleiro de damas para passarem o tempo, os responsáveis pela Bola TV preferem colocá-los no estúdio com as câmaras e microfones à frente, deixando-os partilhar com o público as suas esclarecidas opiniões sobre assuntos da atualidade do futebol português.

Ontem foi a vez de Diamantino Miranda, que tem uma visão muito interessante sobre o risco que representa a chegada de Nani ao Sporting.


Caro Diamantino, deixe-me ver se percebi. O Nani tem espaço em qualquer equipa da Europa, mas o enquadramento e a envolvência que vai encontrar no Sporting e no futebol português vão impedir que renda em conformidade? Faz sentido, de facto. Bom seria que Nani continuasse em Manchester, onde os adeptos já andavam desencantados com ele, em vez de vir para o Sporting, onde os adeptos o tratarão como um filho pródigo que volta a casa. E os amigos? Pobre Nani, que em sete anos em Manchester não arranjou amigos, nem tinha meios para pagar um bilhete de avião a quem quisesse, quando quisesse.

É sabido que quando os jogadores voltam a casa após uma experiência no estrangeiro dificilmente conseguem render ao mais alto nível. Olhe-se para William Carvalho, que deslumbrou toda a Europa enquanto jogou na Bélgica, mas que quando regressou para Portugal teve o inqualificável rendimento desportivo que todos testemunhámos. Foram os amigos que o desviaram de uma postura profissional, certamente.

Portanto, sportinguistas, é isto que podemos esperar de Nani: farras, p*tas e bebedeiras, naquilo que é uma jogada de risco incompreensível por parte do Sporting. Diamantino tem a certeza que o Nani vai perder-se um pouco, se não muito. O facto de ser o 2º melhor jogador português da atualidade não significa nada. A experiência e títulos que acumulou? Isso vale 0. Toca a baixar as expetativas, pessoal!

Já agora, amigo Diamantino, enquanto não chegam os seus parceiros para jogar à sueca, diga-nos lá o que acha da vinda de Júlio César para o Benfica.


Risco? Não, não, um jogador destes em 3, 4 dias já está a jogar. Um jogador de classe mundial facilmente chega e "abarbata" o lugar. Envolvência? Estádios? O que é isso? 

Epá, brilhante.

(créditos ao @captomente por ter apanhado a "coerência" do comentador em cima do acontecimento)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Lost in translation

                                                                                                                                                      
Não sei quanto lhe pagaram para fazer isto... só pode ter sido muito. Mas há coisas que um tipo que tem o dinheiro que ele tem não se devia sujeitar.

Primeiro mostrando o bem-estar proporcionado por uma espécie de dildo bicéfalo encaixado entre os maxilares...


... e depois acariciando-se lentamente com um objeto que faz lembrar a genitália de um transformer.


O que eu não pagava para ver o Ronaldo a fazer as filmagens destes anúncios com um realizador destes...



segunda-feira, 23 de junho de 2014

António Varela e o serviço público no Twitter

                                                                                                                                               
Segunda parte do Portugal - EUA. William entra bem na equipa, Portugal parece ter finalmente meio-campo, coisa que simplesmente não existiu na primeira parte. O que teve António Varela, subdiretor do Record, a dizer sobre isso, em pleno jogo, no Twitter?


Não tardou que começasse a receber algumas respostas sarcásticas de gente que não percebe nada de futebol. Depois do jogo terminar, António Varela esclareceu o mundo de que se tinha tratado apenas de um comentário pedagógico...


Pois. Aparentemente Varela não gostou que os adeptos estivessem a elogiar demasiado o jogo de William e sentiu-se na necessidade de colocar água na fervura. Deus nos livre de termos adeptos a twittarem blasfémias deste tipo: William já entrou tarde, William dá outra segurança, foi preciso uma lesão para Paulo Bento fazer aquilo que todos nós já tínhamos percebido. Que horror!

Somos uns felizardos por termos jornalistas que se dispõem a fazer este tipo de serviço público (e de borla!) para educar os ignorantes que pensam perceber alguma coisa de um jogo de futebol.

Já agora, sobre o jogo para trás de William: 1 passe errado, 97% de eficácia. Fraco.


quarta-feira, 30 de abril de 2014

Agora que sabemos que Enzo pode jogar...

... expliquem-nos lá como é que este boicote se iria processar:


E para quem acha que Bruno de Carvalho é populista (coisa que não é), ponham os olhos em Rui Gomes da Silva. Gostava de ver como é que o vice-presidente do Benfica iria concretizar o boicote à final da Champions no Estádio da Luz.

domingo, 27 de abril de 2014

Oh, a ironia

Depois de o Porto ter andado a desvalorizar os 3 minutos de atraso que acabaram por ditar o apuramento para as meias-finais da Taça da Liga, registo com curiosidade a cena do final do jogo de ontem em que Folha, adjunto do Porto, perdeu a cabeça e atirou-se ao árbitro por este ter dado o apito final 20 segundos antes de se completarem os 3 minutos de descontos que tinha anunciado.

Delicioso.



quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um belo momento de convivência entre benfiquistas em festa

Como não poderia deixar de ser, a conquista do título nacional que o Benfica já não alcançava há quatro anos foi tema para uma série de programas especiais nos vários canais por cabo que compõem o panorama televisivo português.

Primeiro tivemos uma exaustiva cobertura da festa do título, em que dezenas de câmeras e jornalistas recolheram imagens e opiniões de milhares de pessoas em festa nos quatro cantos do país. 

Acabada a festa, os canais de televisão formaram painéis alargados de benfiquistas ilustres, que tiveram oportunidade de esmiuçar os méritos dos vários obreiros do título. Como é evidente, o sentimento generalizado foi de grande satisfação, capaz de encher a alma de qualquer telespectador benfiquista.

Felizmente que nestes programas, que acabam por ser muito semelhantes uns com os outros, há sempre alguns que se destacam dos demais. Um leitor anónimo chamou-me a atenção para este programa, transmitido há dois dias, em que podemos testemunhar um comovente momento de partilha e celebração entre dois conhecidos sócios benfiquistas:


De facto, nem um sportinguista como eu é capaz de ficar indiferente a este belo momento de televisão. Eu não sei o que disse Jaime Antunes, mas também não interessa. Apesar de raramente ver a CM TV, por vezes, quando faço zapping, vejo que está a dar o programa Mercado. E basta ficar 30 segundos à espera para ver este senhor, chamado Pedro Guerra, a tirar alguém do sério.

A causa da discórdia normalmente é sempre a mesma: alguém no programa atreveu-se a fazer qualquer tipo de crítica, ligeira ou contundente, à gestão de Luís Filipe Vieira.

As consequências também são sempre as mesmas: Pedro Guerra desvia o assunto para atacar o interlocutor com qualquer facto, rumor, invenção, ou calúnia, que não tem nada a ver com o que está a ser discutido, e que tanto pode ser de natureza clubística como, em alguns casos, um ataque pessoal.

Como é evidente, a vítima reage instintivamente à cretinice de que foi alvo, ao que Pedro Guerra contrapõe levantando ainda mais a voz com a repetição aleatória de algumas destas frases:
  • Tenha calma!
  • Respire fundo!
  • Não se enerve!
  • Eu sei que está nervoso...
  • Eu também tenho que o ouvir com indignação!

Desta vez por acaso a vítima foi Jaime Antunes. Normalmente o visado costuma ser Paulo de Andrade, mas creio que nem a Madre Teresa de Calcutá escaparia incólume se ousasse fazer um sereno comentário à simetria do corte de bigode de Vieira.

É que Pedro Guerra consegue ser mais vieirista que o próprio Vieira. Se existisse um clube de fãs do presidente do Benfica, Fernando Guerra teria que se conformar em ser o sócio nº 2. E digo mais: se já houvesse CM TV na altura em que o atual presidente do Benfica reconheceu o erro que foi despedir Fernando Santos ao fim da 1ª jornada, Pedro Guerra criticaria sem dó nem piedade essas palavras. Ninguém tem o direito de falar mal de Vieira, nem sequer o próprio presidente do Benfica. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Ainda sobre o manual de boas maneiras para viscondes

Pelos vistos, a lição de elevação e boa educação já tinha começado no final do jogo de domingo, através desse poço de virtudes que é o presidente do Porto.

in A Bola

Deve ser por isso que Pinto da Costa tem que se fazer acompanhar de dez seguranças. O povo, quando o vê, deve fazer fila para lhe pedir dicas de etiqueta e bons costumes.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Ai Jesus

Primeiro andava preocupado a contar jornalistas ingleses na conferência de imprensa antes do jogo com o Tottenham...




Depois, completamente incapaz de conter o seu próprio ego, ou talvez para arranjar uma forma de chamar a atenção dos jornalistas ingleses, faz isto...



Tem feito um grande trabalho nos últimos dois anos, mas este comportamento é uma vergonha.

sexta-feira, 7 de março de 2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

Campo de visão obstruído (AKA Patético VI)



Foto apanhada numa conversa entre @mrUTF8 e @Lion_O_SCP. Não sei quem é o autor da fotografia, mas se descobrir hei-de colocar os merecidos créditos.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Patético I

Imagem retirada de dois blogues benfiquistas (um que respeito bastante, outro que depende de quem escreve).


Eu a pensar que o Oblak ia em voo para defender a bola, mas afinal não. Estava só a desviar-se para o lado para ver onde é que ela estava.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Seara e as palas da memória

SEARA E AS PALAS DA MEMÓRIA
Timeline


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10 de Fevereiro de 2014

Fernando Seara relembra no programa Prolongamento um episódio do princípio de carreira de Sousa Martins.


Curiosamente Sousa Martins não se lembra de ter feito a reportagem. Tão novo e já com tantos problemas de memória...
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1995

Joaquim Sousa Martins entra nos quadros da RTP Lisboa.

Fonte: tvi24.pt

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1993 

Joaquim Sousa Martins começa a trabalhar na secção de desporto da RTP Porto.

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1992

Ooops.

Fonte: blog Sporting na Mente

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Alta Imbecilidade

A Benfica TV, enquanto canal generalista que procura atender aos gostos mais diversificados da sua audiência, achou boa ideia produzir um programa chamado "Alta Fidelidade".

À semelhança de programas como o "Alta Definição" da SIC, do Daniel Oliveira, ou do "Só Visto" na RTP, há um entrevistador (Carlos Dias da Silva) e um entrevistado (no caso do programa da Benfica TV tratam-se sobretudo de jogadores do Benfica), e a conversa gira à volta da vida privada da figura da semana. 

Tal como nos programas da RTP e da SIC, parece também haver no "Alta Fidelidade" um certo interesse em arrancar a reação mais emotiva possível aos entrevistados. Se essa reação for acompanhada de algumas lágrimas, tanto melhor.

Deixo um extrato do episódio dedicado ao jogador Sílvio, pois momentos de excelente televisão como este não devem ficar confinados ao universo de assinantes da Benfica TV.

Vídeo completo pode ser visto aqui

Carlos Dias da Silva apresenta-nos dois momentos de inacreditável imbecilidade. Começa com o "Tu falas muito bem português, portanto sinto que és uma pessoa que tem esse cuidado. (...) Mas falas tão bem português, percebe-se que és uma pessoa que lê... que... que sabe coisas.".

Alguém devia avisá-lo que o Benfica não tem apenas argentinos, sérvios e brasileiros. Também há por lá alguns portugueses.

Depois há o outro momento do "Preparado para a pergunta?". Em relação a isso não vou fazer qualquer comentário, por respeito ao jogador.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Capas que não fizeram história, nº 9: Se o arrependimento matasse

Junho de 2012; coloquei uma capa XL porque vale a pena ler as letras miudinhas

A relação Hugo Vieira - Benfica é provavelmente uma das mais proveitosas na história do clube encarnado. Não só permitiu enfiar um grande melão aos sportinguistas (já que tudo indicava que Hugo Vieira iria rumar a Alvalade) como em termos de aproveitamento desportivo é um caso absolutamente extraordinário.

É que desde que o jogador assinou pelos nossos vizinhos da 2ª circular, o Benfica venceu todos os jogos oficiais em que Hugo Vieira foi utilizado.

Convém referir que nesses jogos Hugo Vieira não jogou pelo Benfica, mas sim pela equipa adversária.

Fonte: zerozero.pt

Suponho que o único momento em que Hugo Vieira terá vestido a camisola do Benfica foi mesmo para posar para o jornal A Bola. 

Pouco tempo depois era despachado por empréstimo para o Sporting de Gijón, da 2ª divisão espanhola, onde somou uns impressionantes 44 minutos durante a sua estadia nas Astúrias. A aventura não correu bem, a acabaria por voltar ao Gil Vicente, também por empréstimo, no mercado de inverno. 

No último defeso, foi novamente cedido pelo Benfica para o Sporting de Braga, desta vez a título definitivo. Foi utilizado em 7 jogos (1 dos quais pelo Braga B contra o Benfica B), com um proveitoso pecúlio de 1 vitória, 1 empate e 5 derrotas. Não espanta portanto que no mercado de inverno tenha sido novamente recambiado por empréstimo para o Gil Vicente.

Nessa passagem pelo Gil Vicente teve uma prestação interessante, pois marcou 8 golos em 14 jogos. Pena é que esses 14 jogos em que participou tenham terminado em 2 vitórias, 1 empate e 11 derrotas para o clube de Barcelos. Hugo Vieira quase que fez o jogo da sua vida a 16 de Fevereiro de 2013, quando defrontou o Sporting em Barcelos marcando dois golos. Não foram no entanto suficientes, pois o Sporting ganhou por 3-2. 

É caso para dizer que se o arrependimento matasse, Sporting de Gijón, Sporting de Braga e Hugo Vieira já não estariam entre nós. Quanto ao Sporting Clube de Portugal, mesmo vivendo a pior época da sua história, não houve momento algum em que alguém se tenha lamentado por não ter conseguido assegurar os préstimos de Hugo Vieira.

Alguém perdeu uma excelente oportunidade para ficar calado.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mais depressa se apanha um Paulo Fonseca que um coxo

Muito bem a TVI24 a destacar esta inconsistência no discurso de Paulo Fonseca. Não estou a ver a RTP a atrever-se a fazer o mesmo.


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Eusébio, o Panteão e a Assunção

O Panteão

Como seria de esperar, com a morte de Eusébio surgiu um movimento que defende a trasladação dos seus restos mortais para o Panteão Nacional.

Sabendo pouco sobre o que qualifica uma personalidade a ganhar o seu espaço no Panteão Nacional, fui fazer uma pesquisa rápida pela internet para me informar sobre este monumento e sobre as figuras que lá estão sepultadas.

Em primeiro lugar, duas rápidas definições sobre o que é um panteão:

  • Edifício consagrado à memória dos homens ilustres e onde se depositam os seus restos mortais -- Dicionário Priberam
  • (...) os panteões foram reformulados para servir de última morada àqueles que, por meio de feitos notáveis nas mais diversas áreas, engrandeceram a sua pátria: intelectuais, estadistas, artistas, etc. -- Wikipedia

Em Portugal existem tecnicamente dois Panteões Nacionais: a Igreja de Santa Engrácia em Lisboa (conhecida por Panteão Nacional), e o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, onde estão depositados os restos mortais de D. Afonso Henriques e D. Sancho I.

Atualmente existem dois formas de homenagem no Panteão Nacional (o de Lisboa). Uma dessas formas são memoriais a figuras cujos restos mortais não se encontram ali depositados, como D. Nuno Alvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Alvares Cabral e Afonso de Albuquerque. Heróis da história de Portugal.

E, como é evidente, existem as sepúlturas com os restos mortais de figuras de destaque da nossa história, com predominância de presidentes da república (Manuel de Arriaga, Óscar Carmona, Sidónio Pais e Teófilo Braga) e escritores (Almeida Garrett, Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro e João de Deus). As únicas personalidades ali sepultadas que não foram nem presidentes nem escritores são Amália Rodrigues e Humberto Delgado.

Não sendo um apaixonado pela literatura portuguesa nem um estudioso da primeira e segunda república, não poderei defender ou deixar de defender a justiça da presença destes presidentes da república e destes escritores no Panteão Nacional. Em relação a Amália Rodrigues e a Humberto Delgado não tenho dúvidas da justiça desta homenagem.

Tendo em consideração o que mencionei até aqui, parece-me que Eusébio da Silva Ferreira merece indiscutivelmente esta distinção. Foi um herói português, o maior embaixador do país no mundo durante largas décadas, uma figura consensual com qualidades profissionais e humanas que conquistaram quem o conheceu. Não era perfeito, claro que não. Teve momentos pouco felizes, concerteza. Mas quem de nós não teve?


A Assunção

É triste, muito triste, ouvir isto da número dois da nação.


in abola.pt

Vivemos tempos de crise em que existem crianças que passam fome e famílias sem fontes de rendimento que lhes permitam ter uma vida digna. Perante este cenário, falar em custos de centenas de milhares de euros para transportar um corpo para um monumento nacional pode parecer obsceno, mas há limites para se colocar uma visão economicista em tudo o que se faz hoje em dia.

É absurdo ouvir a Presidente da AR falar no que custará uma ação destas, apesar de não parecer muito incomodada com a rede de sanguessugas que roubam ao Estado recursos que seriam muito melhor aplicados, por exemplo, numa rede de creches decente, em escolas melhores e mais funcionais (sem os luxos chocantes das escolas de Sócrates), em melhores hospitais ou no acesso a melhores medicamentos.

Escritórios de advogados com honorários despudorados, acessores de políticos de currículo duvidoso que auferem pequenas fortunas, boys e girls partidários sem qualquer competência técnica que montam redes de favorzinhos que esmagam a competência que existe no país, negócios ruinosos patrocinados por políticos que passados uns meses após a sua saída do Governo acabam como funcionários das mesmas empresas que ajudaram a garantir rios de dinheiro nas décadas vindouras. Some-se tudo isto e provavelmente daria para acabar com a pobreza no país.

A Sra. Presidente da Assembleia da República quer falar em custos elevados em tempos de crise? Porque não fala também na sua reforma?

in sol.pt

Assunção Esteves reformou-se do tribunal constitucional em 1998. Desde então já recebeu em reformas cerca de €1.500.000 (um milhão e quinhentos mil euros). Por ter sido juíza no tribunal constitucional durante 10 anos, entre os seus 32 e 42 anos de vida. Se Assunção Esteves viver até aos 70 anos (por este andar será a idade com que a generalidade dos portugueses se poderá reformar sem penalizações nessa altura), terá recebido do Estado cerca de €3.000.000 (três milhões de euros) por um serviço de 10 anos. Com que moral pode falar de um custo de centenas de milhar de euros para homenagear uma figura que deu bem mais ao país do que aquilo que ela alguma vez dará?

Ainda por cima baralha-se com os zeros... enfim...

in dn.pt