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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

M*rdas que só mesmo connosco, nº 11: Um fora-de-jogo cósmico

O futebol português é pródigo em casos polémicos. A qualidade das arbitragens é a que se sabe, e os erros vão-se sucedendo a um ritmo galopante. Umas vezes por responsabilidade dos árbitros, outras vezes por responsabilidade dos fiscais-de-linha, e outras até por responsabilidade do quarto árbitro. Mas o que não é definitivamente usual - nem sequer no futebol português - é um fiscal-de-linha tomar uma decisão correta num fora-de-jogo e, à vista de todos, ser convencido pelo árbitro de que esse fora-de-jogo não existiu.

Refiro-me, como todos já devem ter percebido, a um dos maiores escândalos de arbitragem da época passada: a decisão de Cosme Machado em validar um golo ilegal à Académica em Alvalade.


Contextualizando o lance: depois de um golo madrugador da Académica, o Sporting conseguiu dar a reviravolta no resultado por Adrien e Bryan Ruiz, colocando-se numa vantagem de 2-1. Pelo meio, Cosme já tinha perdoado um penálti cometido sobre Carlos Mané (quando a Académica vencia por 0-1) e tinha expulsado Jorge Jesus por este ter protestado um amarelo mostrado a Adrien Silva por... ter tentado marcar rapidamente um livre (quando o resultado estava em 1-1).

Continuava o Sporting em vantagem no marcador quando, aos 59', há um livre a favor da Académica a meio do meio-campo do Sporting. A bola é batida para a área, Rui Patrício sai dos postes e soca a bola, que vai cair no local onde estava um jogador da Académica. Este cabeceia, na direção da baliza, mas Ewerton, o homem mais recuado, estava em posição de a aliviar. Não consegue aliviá-la em condições, no entanto, porque João Real o pressiona, partindo de uma posição de fora-de-jogo. Ewerton acaba por cabecear para trás, a bola entra na baliza e estava feito o empate.

Na realidade, não estava feito o empate, pois o fiscal-de-linha apercebeu-se da irregularidade e, de imediato, assinalou fora-de-jogo ao avançado da Académica. Alvalade suspira de alívio mas, passados uns segundos, assiste, incrédulo, a uma conferência entre Cosme Machado e o seu árbitro-assistente junto à linha lateral, ambos rodeados por vários jogadores da Académica. E, perante o espanto geral, após uma longa conversa... o árbitro aponta para o círculo central e valida o golo.

O árbitro convenceu o fiscal-de-linha a mudar a sua decisão. Surreal.

Aqui fica o lance, para refrescar a memória:


Uma decisão grotesca que não tem qualquer base lógica de sustentação, ainda para mais porque, como se pode ver na sequência de imagens abaixo, o árbitro não estava numa posição minimamente favorável para avaliar a existência ou não de fora-de-jogo.


Como é evidente, os jogadores e adeptos sportinguistas ficaram em estado de choque perante o roubo à mão armada que ali ocorria - menos de um mês depois da Xistralhada do Guimarães - Benfica (esse, sim, o maior escândalo de arbitragem da época, com 3 penáltis e 2 cartões vermelhos perdoados ao Benfica, para além de outras decisões ridículas - LINK - e um empurrão de Xistra a um jogador do V. Guimarães que sofreu uma falta clara - LINK), que manteve a equipa de Rui Vitória na luta pelo campeonato.

Felizmente, acabaria por ser reposta a justiça no resultado, com um golo de Montero marcado aos 84'. O Sporting venceu por 3-2.

Mas a história não acabaria aqui. Numa atitude raríssima, Cosme Machado deu, com a benção de Vítor Pereira, uma entrevista à SIC no dia seguinte ao jogo. Admitiu o erro, deu umas explicações mal amanhadas que não encontram correspondência com aquilo que todos puderam ver, mas também não pediu desculpa. Uma pobre tentativa de limpeza de imagem de um ato mal-intencionado que acabou por não surtir o efeito final desejado.


No final da época, Cosme Machado foi despromovido à 2ª categoria de árbitros, e decidiu terminar a carreira. No entanto, o seu fraco talento para o apito foi suficiente para não o deixar descalço: no dia seguinte a ter abandonado a carreira, foi contratado pelo Braga de António Salvador para as funções de conselheiro de arbitragem.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Balanço das arbitragens: 24ª jornada

Belenenses 1-2 Porto (João Capela)

=: jogo sem lances críticos


Benfica 2-0 U. Madeira (Cosme Machado)

=: jogo sem lances críticos



Guimarães 0-0 Sporting (Tiago Martins)

45'+2: William Carvalho faz um corte com a perna muito alta, já tendo um amarelo; o árbitro não mostrou o segundo amarelo - decisão certa, William joga a bola, não tem qualquer intenção de magoar o adversário, pelo que se aceita a não exibição do cartão

73': Josué vê o segundo amarelo por agarrar Slimani numa jogada de contra-ataque - decisão certa, na realidade, o árbitro devia ter mostrado o vermelho direto pois Slimani já ia isolado; de qualquer forma, no que diz respeito a esta partida a decisão pode ser considerada correta

90'+3: Victor Andrade cai na área numa disputa de bola com Bryan Ruiz, o árbitro não assinalou penálti - decisão certa, o jogador do Sporting ganha posição de forma legal

=: arbitragem sem influência no resultado



Estatísticas da jornada



Estatísticas acumuladas



Classificação



Jogos com influência da arbitragem no resultado



Erros de arbitragem com o resultado em aberto



Erros de arbitragem com o resultado em aberto agrupados por árbitro, desde 2013/14


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Resultados do Placard



Infelizmente não sabia que Hugo Miguel se encontra lesionado... e nunca imaginei que Vítor Pereira nomeasse Cosme Machado para um jogo desta importância, depois da barraca que armou em Alvalade contra a Académica.

Quanto a Tiago Martins, que é o que realmente me preocupa: produto do Benfica Lab que foi promovido a internacional antes mesmo de apitar qualquer partida da I Liga, e que em dois jogos para o campeonato ajudou a entregar de mão beijada duas vitórias ao seu clube do coração. Contra o Estoril não assinalou um penálti de Luisão aos 10' e assinalou um penálti inexistente a favor do Benfica que daria o 2-0. Contra o Nacional viu uma carga de ombro inexistente sobre Eliseu, que poderia ter dado o 2-1 para o Nacional. Ambos os jogos terminaram com uma vitória de 4-1 do Benfica, mas poderiam ter tido desfechos bem diferentes caso o árbitro não tivesse errado de forma cirúrgica em benefício do Benfica.

Vítor Pereira já não disfarça...

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Balanço das arbitragens: 20ª, 21ª e 22ª jornadas

Estoril 1-3 Porto (Tiago Martins)

=: jogo sem erros críticos, arbitragem sem influência no resultado


Sporting 3-2 Académica (Cosme Machado)

13': Hugo Seco empurra Carlos Mané, o árbitro não assinalou penálti - decisão errada, há um empurrão claro pelas costas

13': Ao fazer penálti sobre Mané, Hugo Seco devia ter sido expulso - decisão errada, Mané estava em frente à baliza, apenas com o guarda-redes a poder opôr-se ao golo

59': No segundo golo da Académica, o fiscal de linha assinala fora-de-jogo posicional de Gonçalo Paciência; depois de conferenciar com o árbitro muda de ideias e valida o golo - decisão errada, no momento do passe, Paciência está em posição irregular, tenta disputar a bola com Ewerton, e acaba por ter influência no auto-golo do central do Sporting

=: apesar dos erros, arbitragem sem influência no resultado


Moreirense 1-4 Benfica (Manuel Oliveira)

12': Gaitan tenta agredir Danielson, o árbitro não mostrou qualquer cartão - é verdade que a tentativa de agressão pode levar a um cartão vermelho, mas como o jogador argentino foi ostensivamente agarrado por Danielson a reação acaba por ter uma atenuante; um amarelo aceitar-se-ia.

=: arbitragem sem influência no resultado



Belenenses 0-5 Benfica (Nuno Almeida)

38': Dúvidas na abordagem de Jardel a um controlo de bola na quina da sua área - decisão certa, Jardel parece dominar a bola com o peito e, de qualquer forma, seria fora da área

41': No primeiro golo do Benfica, Renato Sanches derruba, sem bola presente, um adversário imediatamente antes do cruzamento de Pizzi para Mitroglou - decisão errada, o árbitro devia ter interrompido a jogada

52': Renato Sanches acerta com o braço em Sturgeon, o árbitro não assinalou qualquer falta - a falta é mais que óbvia e muito dura; pode alegar-se que seria caso para cartão vermelho, mas atendendo à disputa de bola é possível que não tenha havido intenção de agredir; como tal, aceitar-se-ia o amarelo

=: primeiro golo do Benfica foi irregular (X2)



Porto 1-2 Arouca (Rui Costa)

62': Brahimi marca golo após passe de André André, o fiscal-de-linha assinala fora-de-jogo - decisão errada, Brahimi está adiantado em relação ao penúltimo jogador do Arouca, mas está atrás da linha da bola; como tal o golo devia ter sido validado

86': Walter é empurrado por Martins Indi, o árbitro não assinalou penálti, marcando uma falta anterior do avançado do Arouca sobre o defesa do Porto decisão errada, Walter não faz falta (há contacto, mas nada de anormal), e é claramente empurrado; penálti por assinalar


=: Se o golo de Brahimi tivesse sido validado, dificilmente o Arouca teria ganho o jogo, apesar do golo e do penálti por assinalar que aconteceram depois (1X)



Sporting 0-0 Rio Ave (Carlos Xistra)

50': Golo anulado ao Sporting por falta de Coates sobre Wakaso - decisão certa, o defesa do Sporting coloca o braço por cima de Wakaso e desequilibra-o

78': André Vilas Boas cai na área após disputa com João Pereira, o árbitro não assinala penálti - decisão certa, há contacto, mas não há qualquer falta

=: arbitragem sem influência no resultado



Benfica 1-2 Porto (Artur Soares Dias)

51': Numa repetição da marcação de um livre, é possível para ver Samaris a agarrar a camisola de Martins Indi na área do Benfica; o árbitro não assinalou penálti - decisão certa, a bola nunca esteve perto dos jogadores, e não é certo que o agarrão tivesse estorvado o jogador do Porto


53': Numa jogada de contra-ataque, Gaitan remata e cai na área, perturbado por André André; o árbitro não assinalou penálti - decisão certa, existe contacto entre os dois jogadores, mas parece normal

=: arbitragem sem influência no resultado



Nacional 0-4 Sporting (Bruno Paixão)

17': Golo anulado a Bryan Ruiz por fora-de-jogo - decisão errada, o jogador está em linha no momento do passe de Slimani

51': Penálti assinalado a favor do Sporting por mão de Rui Correia - decisão certa, o defesa do Nacional corta a bola com o braço

85': Schelotto cai na área ao ser derrubado por Sequeira, o árbitro assinala penálti decisão errada, a falta acontece fora da áreaSchelotto cai na área ao ser derrubado por Nuno Sequeira, o árbitro assinala penálti - decisão errada, a falta acontece fora da área

=: apesar dos erros, arbitragem sem influência no resultado



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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A entrevista de Cosme Machado à SIC



Cosme Machado deu ontem uma entrevista à SIC, para dar a sua versão do episódio da recambolesca validação do segundo golo da Académica em Alvalade.

O primeiro comentário que tenho a fazer sobre isto é que estamos perante mais uma inovação a envolver o Sporting, a par do sumaríssimo e das indicações dadas por Vítor Pereira aos árbitros na semana passada para serem intransigentes com os treinadores e restantes elementos do banco. Não só é inédito vermos um árbitro a reverter uma indicação do seu fiscal-de-linha num caso de fora-de-jogo, como também é extremamente raro vermos um árbitro vir a público explicar o sucedido. E está aqui a minha primeira questão: Cosme falou com a SIC por iniciativa própria, ou fê-lo por indicações de Vítor Pereira? 

No regulamento de arbitragem relativo à época de 2015/16, está escrito que os árbitros não podem fazer declarações sobre os jogos que dirigiram sem autorização prévia. Perante isto, só existem duas hipóteses: ou Cosme Machado fê-lo à revelia do Conselho de Arbitragem e tem que ser castigado, ou fê-lo com autorização do Conselho de Arbitragem. E se o fez com autorização do Conselho de Arbitragem, porquê o tratamento de exceção? Para ajudar a recuperar a sua imagem? Por que razão o mesmo não foi permitido, por exemplo, a Marco Ferreira (que só falou após ter decidido abandonar a carreira), ou a tantos outros árbitros que ao longo do tempo foram protagonistas de erros grosseiros de arbitragem?

Quanto às explicações dadas pelo árbitro, não são convincentes. O fiscal-de-linha assinalou de imediato o fora-de-jogo porque viu o que todos viram. Cosme Machado, na entrevista à SIC, afirmou que disse ao fiscal-de-linha que tinha muitas dúvidas que o jogador da Académica que estava em posição irregular tivesse interferido na jogada. Após uma longa conversa entre ambos, a decisão foi revertida. Como tal, parece evidente que Cosme Machado ou convenceu o seu assistente com a sua argumentação, ou tomou a decisão de forma isolada.

Tudo isto é altamente anormal, mas o que é ainda mais incompreensível é o facto de Cosme Machado ter tentado impor o seu ponto de vista considerando a posição de ambos nesse momento. Cosme estava longe do lance e tinha muitos jogadores entre si e o local onde a bola foi cabeceada por Ewerton, enquanto o seu fiscal-de-linha tinha uma visão completamente desobstruída:

O momento em que Rui Patrício sacode a bola; veja-se a posição de Cosme Machado nesse momento

O momento em que há a interferência do jogador em fora-de-jogo; o fiscal-de-linha (do lado de cá do campo) tinha um ângulo perfeito para ajuizar o lance; Cosme Machado tinha vários jogadores a obstruirem-lhe a visão

O mesmo momento, de outro ângulo

Mais: Cosme Machado fala em alguma pressão e muito ruído no momento em que conversava com o seu auxiliar. Mas, nesse momento...


... apenas existiam jogadores e técnicos da Académica à sua volta. Curioso que a intransigência demonstrada com Jorge Jesus, Nélson Pereira (e até Frederico Varandas) não tenha sido igualmente aplicada neste momento do jogo.

Finalmente, um pormenor que está relacionado com aquilo que muita gente disse em reação às palavras de Cosme Machado: o árbitro não pediu desculpa ao Sporting. Admitiu o erro, explicou o motivo que o levou a tomar aquela decisão, mas não pediu desculpa. Nem tinha que pedir, pois as desculpas não trariam de volta os pontos que o Sporting teria perdido se não tivesse conseguido marcar o terceiro golo.

Foi, portanto, uma tentativa de recuperação da imagem do árbitro - se com ou sem a bênção de Vìtor Pereira, descobriremos na próxima semana -, que está inserida numa série de declarações que se seguirão no sentido de tentar desvalorizar aquilo que aconteceu no último sábado. Já hoje de manhã, na SIC Notícias, tivemos outro belo exemplo da narrativa que inundará as rádios e televisões nos próximos dias. Ladies and gentlemen: Fernando Guerra.

(obrigado, Zanizo!)

domingo, 31 de janeiro de 2016

Estragaram o guião do Cosme Machado Show


Escrevi isto há uns dias no Twitter, depois de ver o resumo do Famalicão - Porto, para a Taça da Liga (obrigado, Carlos). Cosme Machado é isto: errático, capaz das piores decisões possíveis e um especialista em estragar jogos de futebol. Já nos beneficiou esta época, quando não assinalou o penálti de Naldo contra o Arouca. Por outro lado, conseguiu não expulsar Lito Vidigal naquele episódio com Naldo nem viu um penálti sobre Slimani perto do fim.

Mas aquilo que aconteceu ontem é demasiado grave - foram demasiados erros -, para poder ser considerado apenas incompetência. E é uma tendência que tem vindo a ser progressivamente mais visível e persistente. Uns a serem empurrados para baixo, outros a terem o passaporte olímpico nos momentos de maior aperto. É perfeitamente evidente que os organismos que mandam no futebol português estão a fazer um cerco ao Sporting, e não é possível que se continue a pensar de que se trata apenas de casos isolados.

Ontem, em Alvalade, não se jogou futebol. Havia uma bola, 11 jogadores de cada lado, mas não foi um jogo de futebol. Como tal, não será de futebol - desta vez com toda a justificação - que se falará nos próximos dias. É uma pena que, por exemplo, um golão como o de Adrien não venha a ter o destaque que merece, mas é impossível que uma arbitragem destas não seja o centro da discussão sempre que se falar deste Sporting - Académica.



Positivo

Vitória, contra tudo e contra todos - ainda havia meia-hora para jogar quando Cosme Machado validou o segundo golo da Académica. Considerando que a Académica não é propriamente um adversário forte, em condições normais seria exigível que o Sporting conseguisse chegar à vitória. Mas perante um roubo destes, é normal que os jogadores tenham acusado o "golo" do empate. Sentir que está em campo um árbitro com uma missão daquelas, deve ser coisa para abalar a mais experiente das equipas. Apesar de Cosme, apesar de tudo o que se passou, o Sporting conseguiu reagrupar-se e arrancar para 15 minutos finais de intensidade muito elevada e marcar o golo que repôs a justiça no resultado.

Um grande reforço na lateral direita - depois de um início de época sofrível - que levou o Sporting a procurar em novembro uma alternativa para o lugar - João Pereira subiu imenso de rendimento e tem sido um dos melhores da equipa de há algum tempo para cá. Está um jogador consistente, dinâmico e muito concentrado, capaz de criar desequilíbrios de forma frequente pelo seu flanco. E até nos cruzamentos tem estado melhor: ontem fez um direitinho para Ruiz, numa das melhores oportunidades de golo na primeira parte, e outro para Montero fazer o 3-2.

Mais uma vez, Adrien - mais uma vez, um grande jogo do capitão, coroado com um golo portentoso. Aliás, o golo que marcou é um bom exemplo da sua omnipresença e capacidade técnica: nesse lance parecia um autêntico extremo esquerdo, tanto pelo seu posicionamento como pela forma como se desfez do seu adversário direto antes do remate.

Mané a ser decisivo - ficou na retina a recuperação de bola e o delicioso trabalho individual que antecedeu a assistência açucarada para Ruiz fazer o 2-1, mas também foi ele que fez o passe para Adrien marcar o golo do empate. De resto, não teve um jogo muito feliz, tendo perdido várias bolas nas suas tentativas de drible. De qualquer forma, são erros com que consigo viver caso continue a ser tão influente em jogadas de golo.

A entrada de Montero - em boa hora a ser lançado na segunda parte. Para além do golo, quase conseguiu a melhor assistência da sua carreira com aquele lançamento lateral longuíssimo a desmarcar Slimani.


Negativo

A atuação de Cosme Machado - o jogo disputou-se de noite, mas foi um autêntico roubo à luz do dia. Começou com o escandaloso empurrão a Mané, aos 12 minutos, que deveria ter dado penálti e vermelho para Hugo Seco. Continuou com o amarelo mostrado a Adrien - quantas vezes não se viu já um jogador tentar apressar a marcação de um livre, com o árbitro apenas a apitar para esperarar pela sua ordem? - que acabou por provocar a expulsão de Jesus. Na sequência dessa falta, Nuno Piloto fez uma falta dura sobre João Mário, que deveria ter sido punida com amarelo, independentemente de o lance ter prosseguido e dado golo. Fez vista grossa a uma entrada duríssima sobre Adrien no início da segunda parte, mas mostrou pouco depois um amarelo ridículo a Ewerton (sendo mais tarde benevolente numa falta do brasileiro que lhe poderia ter valido o segundo). E depois, claro, a incompreensível decisão de desautorizar o seu fiscal-de-linha, que tinha assinalado corretamente fora-de-jogo no 2º golo da Académica. Ainda teve tempo para expulsar Nelson e dar umas boas reprimendas ao banco do Sporting. Um autêntico desastre que, felizmente, acabou por não ter consequências no resultado. Este árbitro não pode voltar a arbitrar jogos do Sporting. Aliás, este árbitro não deveria voltar a arbitrar jogos, ponto.

A maldição dos centrais - mais uma vez tivemos problemas físicos no centro da defesa. Desta vez foi Naldo a ter que ser substituído prematuramente. Também William parece ter sido substituído por questões físicas.



Viveu-se uma noite revoltante em Alvalade, mas felizmente conseguimos vencer e manter a liderança isolada. Fico com curiosidade para saber se a nota de Cosme Machado será divulgada, e o quão negativa será essa nota.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Balanço das arbitragens: 13ª jornada e União - Benfica

Setúbal 2-4 Benfica (Manuel Mota)

11': Suk cai na área ao tentar antecipar-se a Jardel, o árbitro assinalou fora-de-jogo - decisão errada, Suk não estava em fora-de-jogo e é agarrado por Jardel, pelo que ficou um penálti por assinalar

38': Lisandro simula penálti mas o árbitro não lhe mostra amarelo, que seria o segundo - decisão errada, o jogador do Benfica deveria ter sido expulso por acumulação de amarelos

=: Um penálti por assinalar a favor do Setúbal quando o resultado ainda era 0-0 e uma expulsão perdoada ao Benfica com o resultado em 0-1 (1X)


Sporting 3-1 Moreirense (Nuno Almeida)

30': No 1º golo do Sporting, Esgaio bloqueia na barreira a saída de Evaldo; o árbitro não assinalou qualquer falta - decisão errada, existe falta de Esgaio, que impede a reação do adversário ao lance estudado

58': Slimani cai na área ao disputar a bola com dois adversários, o árbitro assinalou penálti - decisão certa, o argelino é derrubado à margem das leis

66' - Naldo acerta com o braço na cara de Rafael Martins, o árbitro não considerou agressão - decisão certa, o defesa do Sporting estava a ser agarrado de forma insistente por Rafael Martins, tenta-se libertar e parece acertar sem intenção no adversário

80': Rafael Martins cai na área por ser agarrado por Naldo, o árbitro assinalou penálti - decisão errada, antes do agarrão, Rafael Martins estava em posição de fora-de-jogo e estorva a ação de Naldo; como tal o lance devia ter sido interrompido antes

=: o primeiro golo do Sporting surge a partir de um lance irregular (1X)


Nacional 1-2 Porto (Jorge Sousa)

49': Marcano corta uma bola cruzada por Willyan com o braço, o árbitro não considerou penálti - decisão errada, o defesa do Porto tem o braço longe do corpo e faz um movimento que acaba por cortar a bola, pelo que devia ter sido assinalado penálti

83': João Aurélio cai na área após disputa de bola com Marcano, o árbitro não assinalou penálti - decisão errada, Marcano não joga a bola e acerta em cheio no adversário, penálti por assinalar

=: dois penáltis por assinalar a favor do Nacional, ambos numa altura em que o resultado era de 1-2 (1X)


União Madeira 0-0 Benfica (Cosme Machado)

36' - Renato Sanches agarra pelos calções um adversário que se preparava para fugir na direção da baliza, já perto da área; o árbitro optou por não mostrar o segundo amarelo ao jogador do Benfica - decisão certa, aceita-se a decisão de dar alguma tolerância a uma falta pouco ostensiva, considerando que se tratava de um segundo amarelo

=: arbitragem sem influência no resultado



Estatísticas da jornada


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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Balanço das arbitragens: 10ª jornada

Benfica 2-0 Boavista (Bruno Esteves)

31': Eliseu faz um cruzamento dentro da área e fica a dúvida se a bola não bate no braço de Henrique, o árbitro não assinalou penálti - decisão certa, o jogador do Boavista não toca na bola com o braço

73': Luisão cai na área ao tentar passar por Idris, o árbitro não assinalou penálti - decisão certa, o jogador do Boavista coloca o braço à volta do pescoço do Luisão, mas não parece haver empurrão

81': Anderson tem uma entrada perigosa em que prende o pé de Gaitan, o árbitro não só não entendeu dar vermelho como nem sequer assinalou falta - a falta é óbvia, é feita de lado (e não de trás), mas a não é violenta como as fotografias exibidas deixavam entender, pelo que se aceitaria um amarelo


=: arbitragem sem influência no resultado


Porto 2-0 Setúbal (Tiago Martins)

64': Golo anulado a Aboubakar - decisão certa, o avançado do Porto dominou a bola com o braço antes de rematar

=: arbitragem sem influência no resultado


Arouca 0-1 Sporting (Cosme Machado)

31': Adrien cai na área ao disputar a bola com Artur, o árbitro não assinalou penálti - decisão certa, o jogador do Arouca coloca o braço por cima do ombro de Adrien mas não parece empurrá-lo, pelo que é um contacto normal

84': Adilson cai na área ao tropeçar em Naldo, que tinha escorregado; o árbitro não assinalou penálti - decisão errada, Naldo cai de forma involuntária mas acaba por derrubar o adversário; não se justificava o cartão vermelho a Naldo pois o adversário não conseguiria chegar à bola

84': Slimani cai na área após ser carregado nas costas por Velasquez, o árbitro não assinalou penálti - decisão errada, o jogador do Arouca salta lateralmente e aterra nas costas de Slimani, derrubando-o


88': Naldo é expulso por empurrar Lito Vidigal - decisão certa, aceita-se o cartão vermelho direto pelo facto de ter empurrado o treinador quando este estava de costas e a afastar-se do local; também se aceitaria o cartão amarelo, pelo facto de o treinador o ter provocado e estar numa área que lhe é vedada

=: o primeiro penálti a favor do Arouca poderia ter ditado o resultado caso tivesse sido assinalado; no entanto o Sporting sofreu um penálti não assinalado imediatamente a seguir e ainda foi capaz de marcar um golo depois disso, pelo que não seria impossível chegar ao empate; chegar à vitória seria altamente improvável pelo pouco tempo que restava e pela motivação que os jogadores do Arouca ganhariam com a vantagem no resultado (1X)



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